Fica para a semana que vem

A Assembleia-Geral de Credores da usina Laginha foi novamente adiada, desta vez a pedido do Banco do Nordeste (BNB), que quer mais prazo para analisar as propostas. Uma nova tentativa está marcada para dia 19, às 14 horas. Na semana passada, a assembleia não ocorreu por falta de quórum.

Na pauta da assembleia está a aprovação do plano de venda de ativos proposto pelo administrador judicial, Armando Wallach, e a análise das propostas de credores, como Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria da Fazenda de Alagoas, fundos de investimento em direitos creditórios (FIDIC) PCG e Pearl e Bank of America.

O Bradesco, credor de 47,6 milhões de reais, não tem se mostrado satisfeito com as propostas apresentadas. Defende que a ordem de pagamento prevista na Lei de Falências deve ser respeitada.

Em meio às negociações, o FIDC Fundo de Gestão e Recuperação apresentou denúncia à 1ª Vara Cível de Coruripe, em Alagoas, sobre possível conflito de interesses envolvendo a empresa NeoFase na captação de procurações para votação na assembleia.

"Ao que parece, a sociedade NeoFase tem disparado emails para diversos credores, angariando procurações para votar de modo alinhado com a Massa Falida, com o Bank of America e aparentemente com a família Falida, com o objetivo de aprovar as deliberações de seus interesses", diz a manifestação do fundo.

A junta de juízes responsável pela falência intimou o Bank of America, a Administração Judicial e o espólio de João Lyra, fundador da Laginha, a se manifestarem antes da assembleia. Em petição, o Bank of America afirmou que "não mantém relação com tal empresa, desconhecendo sua atuação e quem a contratou".

O Administrador Judicial, Armando Wallach, afirmou que não conhece a empresa NeoFase, nem a autorizou a atuar em nome da massa falida.

O Espólio de João Lyra, representado pela filha Maria de Lourdes, disse que o Fundo de Gestão e Recuperação tenta tumultuar o processo. “Neste ponto, cabe salientar que o Espólio do Falido desconhece não só a mencionada empresa Neo Fase, como também, qualquer credor que tenha recebido as supostas comunicações afirmadas pelo Fundo de Investimento, valendo frisar que as acusações são deveras gravosas e, não se podendo perder de vista a possibilidade de responsabilização penosa dos supostos envolvidos”, diz a petição.

A NeoFase também está envolvida em questionamentos similares no processo de recuperação judicial do Cruzeiro. Uma notícia crime foi apresentada para investigar a empresa no caso do clube mineiro.

Leia o que o Bastidor já publicou sobre a falência da Laginha:

• Sem quórum na Laginha
• Não é no Supremo
• Laginha com desconto
• Era manobra
• Contra o plano
• Fica em Maceió
• Saldão a jato
• Sem furar fila
• Kassio volta atrás
• Jogo duplo na Laginha
• Aragão na Laginha
• Por cima de Kassio
• Explicações a Kassio
• Água no chope
• Não vai ter saldão
• Pare a assembleia
• O saldão da Laginha
• Contra a assembleia
• A tentativa de Wallach
• Relações lucrativas
• Suprema falência
• A pérola de Guiomar
• O tribunal falimentar
• Nas mãos de Kassio
• Também no CNJ
• Expliquem-se
• Não somos suspeitos
• Assim não pode
• Em oposição a Kassio
• CNJ quer explicações
• Quero meus 2 bilhões
• A presença de Maria Beatriz
• Laginha é com ele
• Ninguém mexe com ele
• O novo vetor da Laginha
• Velhos conhecidos