Laginha é com ele
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu hoje a tramitação de todos os recursos relacionados ao processo de falência da Usina Laginha. A decisão atendeu a um pedido de Solange Queiroz, ex-esposa do ex-deputado federal João Lyra. Ela questionou, há uma semana, a competência do Tribunal de Justiça de Alagoas para julgar o caso.
O caso Laginha envolve a falência do conglomerado fundado por João Lyra, ex-deputado federal e pai de Thereza Collor. Em 2008, a Laginha entrou em recuperação judicial. Em 2012, foi decretada sua falência. Ao longo do processo, 13 dos 17 desembargadores do tribunal alagoano se declararam impedidos ou suspeitos de julgar recursos relacionados, direta ou indiretamente, ao caso Laginha.
A ex-esposa de João Lyra foi ao Supremo representada pelo escritório de Sergio Bermudes. Os advogados argumentam que o alto número de desembargadores suspeitos para avaliar os recursos tornam o TJ de Alagoas um foro incompente para julgar os recursos. Eles entendem que a Constituição determina, numa situação como essa, que o Supremo vira o tribunal correto para assumir o caso.
Na petição inicial, os advogados de Solange Lyra, contudo, não explicam por que ela, como credora de uma massa falida afundada em dívidas, prefere que o caso saia da Justiça de Alagoas e seja tocado no Supremo.
Kassio concordou com os argumentos dos advogados do escritório de Sergio Bermudes. Preferiu conceder a liminar antes de ouvir o TJ de Alagoas. Nem a Fazenda Nacional, com quem a Laginha tem débitos bilionários. Ou a AGU e a PGR.
"Impressiona-me, em especial, a incerteza a respeito do número atual de integrantes do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, bem como se a manifestação de algum juiz convocado foi considerada para efeito de aferição da suspeição ou impedimento de mais da metade dos membros daquela corte", afirmou o ministro na liminar.
Com a decisão de Kassio, o processo que se arrasta há mais de 11 anos ficará com todos os recursos suspensos até a resolução do mérito. Não há prazo para que isso aconteça. O ministro pediu explicações ao TJ de Alagoas e deu vista à PGR.
Caso o STF entenda que é o foro competente, essa será a primeira vez que a corte julgará um processo falimentar. Estima-se que a dívida da Laginha seja de 4 bilhões de reais. A União é a maior credora.
Ministério da Justiça não diz ainda como enfrentará a epidemia das apostas no Brasil
Leia MaisMoraes exige que Elon Musk cumpra todas as suas ordens antes de liberar o X no Brasil.
Leia MaisBraço direito de Sandoval Feitosa, presidente da Aneel, é cotado para ser diretor da agência
Leia MaisÓrgão diz que se manifestará apenas na ação que questiona lei da regulamentação da jogatina
Leia MaisHaddad afirma que é hora de "colocar ordem" nas apostas causado pela falta de regras mais claras
Leia MaisAneel da olé em decisão que a obrigou a chancelar compra da Amazonas Energia pela Âmbar, da J&F.
Leia MaisEntidade afirma que ficará de fora da ação que contesta validade da lei que libera apostas
Leia MaisAneel se reúne a partir das 11h para discutir compra da Amazonas Energia pela Âmbar, da J&F.
Leia MaisPresidente cobra de ministros ações para conter os danos causadas pela jogatina digital.
Leia MaisFux convoca audiência para debater legalidade das bets; ministro pede posição da AGU e da PGR.
Leia MaisTemendo sanções na regulamentação do setor, empresas anunciam proibição de uso de cartão de crédito
Leia MaisBanco Central projeta inflação acima da meta ao menos até o início de 2026
Leia MaisPromulgada emenda constitucional que permite reeleição em TJs com mais de 170 desembargadores.
Leia MaisSam Altman consolida seu poder e acelera a transformação da OpenAI numa empresa que possa dar lucro.
Leia MaisO advogado Luiz Pires foi preso em Ribeirão Preto; ele é suspeito de negociar decisões no TJSP.
Leia Mais