Viagem secreta sob suspeita
A Polícia Federal (PF) investiga a viagem de dois delegados federais, Kel Lúcio e Alessandro Moretti, ambos ex-chefes da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), para São Paulo em 15 de dezembro de 2022 para tratar de uma operação sigilosa.
A investigação corre no inquérito que apura abuso de autoridade de Kel Lúcio, por iniciar uma investigação sem autorização da corregedoria da PF ou aval do Ministério Público. O objetivo do inquérito era apurar a delação do ex-general venezuelano Hugo Carvajal, que associava o PT ao narcotráfico.
Segundo pessoas a par do andamento do inquérito sobre Kel Lúcio, a viagem no período após a eleição de 2022 levanta a suspeita de que os dois delegados integravam um grupo de policiais aliados ao governo Bolsonaro. Como mostrou o Bastidor, o grupo é conhecido internamente por “PF paralela”.
Duas fontes afirmam que os investigadores encontraram nos sistemas da Polícia Federal uma ordem de missão - a autorização da viagem - para Kel e Moretti e um relatório, que confirma a ida para São Paulo e diz que os dois foram tratar de uma operação sigilosa então em andamento.
Os documentos estão nos autos do inquérito sobre possível abuso de autoridade de Kel Lúcio, que tramita sob sigilo. Não há informação sobre o teor do relatório, nem sobre o tempo de permanência dos delegados Em São Paulo.
Um dos pontos cogitados pelos investigadores da PF é um possível elo com a tentativa de prisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, proposto por militares investigados na trama golpista, o chamado plano Punhal Verde e Amarelo.
Em mensagens obtidas no inquérito do golpe de estado, o general do Exército Laércio Virgílio -que ficou de fora da denúncia da PGR- citou o dia 18 de dezembro de 2022 como ideal para prender o ministro do STF em sua casa em São Paulo.
Na mesma data da viagem dos delegados a São Paulo, segundo a PF, os militares ‘kids pretos’ -integrantes das Forças Especiais do Exército- estavam posicionados em Brasília para tentar capturar Moraes após uma sessão no Supremo. O plano foi abortado na última hora.
A investigação da PF quer descobrir se a viagem dos delegados está relacionada ao plano.
O Bastidor entrou em contato com Kel Lúcio e Alessandro Moretti por diversas vezes por mensagens e ligações desde 28 de junho. Eles não retornaram o contato.
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