Não é no Supremo
Kassio Nunes Marques, ministro do Supremo Tribunal Federal, encerrou a ação que levou a falência da Usina Laginha à Corte. Ele reverteu sua própria decisão de junho, que suspendeu todos os recursos relacionados à falência do conglomerado do ex-deputado federal João Lyra, decretada em 2012.
A reclamação constitucional que tramita no Supremo foi proposta por Solange Queiroz Ramiro Costa, ex-esposa de João Lyra. Credora da massa falida, ela questionou a competência do Tribunal de Justiça de Alagoas para julgar os recursos, pois ao longo da falência 13 dos 17 desembargadores se declararam suspeitos. Segundo a defesa de Solange, em uma situação como essa, o STF deve assumir o caso. A ex-esposa é representada pelo escritório de Sérgio Bermudes.
Nesta segunda-feira (2), Kassio seguiu a Procuradoria-Geral da República e decidiu negar seguimento ao processo. Revogou a liminar que suspendia o julgamento dos recursos pelo Tribunal alagoano. O ministro concluiu que faltam elementos para confirmar a tese de suspeição alegada por Solange. Além disso, ele destacou que atualmente 11 dos 17 desembargadores do TJAL se declararam aptos a atuar no caso, afastando o argumento de que a maioria estava impedida.
A decisão de Kassio deixa o caminho livre para a Assembleia-Geral de Credores marcada para 5 de dezembro. Na pauta, está a aprovação do plano de venda de ativos, proposto pelo Administrador Judicial Armando Wallach, e a análise das propostas de credores, como da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Fazenda de Alagoas, dos fundos de investimento em direitos creditórios (FIDIC) PCG e Pearl, e do Bank of America.
Como tem mostrado o Bastidor, a comissão de juízes responsáveis pela falência da Laginha tem pressa em liquidar os ativos da usina e tem respaldo da PGFN, que propôs desconto de 62% na dívida da massa falida com a União.
O empenho dos procuradores tem recompensa. Eles ganham honorários de sucumbência, valores devidos pela parte vencida à parte vencedora em um processo judicial. Advogados que participam do caso estimam que a sucumbência pode chegar à extraordinária quantia de meio bilhão de reais.
As propostas de liquidação apresentadas não são do agrado de todos. Um exemplo é o Bradesco, credor de 47,6 milhões de reais. A defesa do banco defende que os pagamentos sigam a ordem de preferência estabelecida pela Lei de Falências, que daria à instituição prioridade em relação à União e outros credores.
Leia o que o Bastidor já publicou sobre a falência da Laginha:
- Laginha com desconto
- Era manobra
- Contra o plano
- Fica em Maceió
- Saldão a jato
- Sem furar fila
- Kassio volta atrás
- Jogo duplo na Laginha
- Aragão na Laginha
- Por cima de Kassio
- Explicações a Kassio
- Água no chope
- Não vai ter saldão
- Pare a assembleia
- O saldão da Laginha
- Contra a assembleia
- A tentativa de Wallach
- Relações lucrativas
- Suprema falência
- A pérola de Guiomar
- O tribunal falimentar
- Nas mãos de Kassio
- Também no CNJ
- Expliquem-se
- Não somos suspeitos
- Assim não pode
- Em oposição a Kassio
- CNJ quer explicações
- Quero meus 2 bilhões
- A presença de Maria Beatriz
- Laginha é com ele
- Ninguém mexe com ele
- O novo vetor da Laginha
- Velhos conhecidos
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