Os órfãos da Sputnik no Brasil
Lobistas, advogados e empresários que esperavam fazer fortuna com a venda da Sputnik ao Ministério da Saúde e ao Consórcio Nordeste estão desolados. Após meses de pressão e de encontros reservados, os principais envolvidos admitem, sob anonimato, que a blitzkrieg política, jurídica e midiática promovida por eles no começo do ano deu errado. O Brasil, salvo reviravolta, não usará a vacina do governo russo.
Em junho, a Anvisa concedeu uso severamente limitado de uma amostra ínfima de doses, o que nem sequer foi feito pelo governadores do Nordeste. Tanto a agência brasileira quanto sua contraparte na Europa, além da OMS, avaliam que os russos não conseguiram demonstrar a segurança, a eficácia e qualidade do produto.
O Ministério da Saúde está em vias de rescindir o contrato firmado com o regime de Putin, por meio da União Química, do lobista Rogério Rosso. O acordo foi fechado no mesmo período da negociação do governo para obter a Covaxin. Seguiu trâmites semelhantes na pasta. Os governadores do Nordeste, liderados por Rui Costa, petista da Bahia, haviam investido ainda antes no duvidoso imunizante. Foram obrigados a desistir.
Agora, os lobistas e advogados que estavam na linha de frente da Sputnik estão até aliviados - ao menos dois deles. "O que aconteceu com a Covaxin e o Max poderia ter sobrado para a gente também", diz um deles, sob reserva. "Melhor encarar o prejuízo e move on (seguir em frente)."
Numa série de notas e reportagens publicadas desde janeiro, o Bastidor alertou sobre os riscos sanitários apresentados pela vacina russa. Também revelou a pressão política para que o contrato com o governo fosse fechado, apesar da escassez de ciência e da abundância de lobby.
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