O homem do centrão no Ministério da Saúde
Líderes do centrão não se cansam de elogiar o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Cabe a ele assinar os principais contratos da pasta.
Dias foi indicado pelo ex-deputado Abelardo Lupion, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta - ambos são do DEM. Ele foi recomendado por Ricardo Barros, do PP, atual líder do governo na Câmara.
O apadrinhado agradou tanto que foi indicado a uma vaga na Anvisa. No entanto, suspeitas de irregularidades em contrato fechado por Dias já na pandemia forçaram Bolsonaro a retirar a indicação à agência. (Ele nega ter beneficiado qualquer empresa.)
Apesar de ter perdido a vaga na Anvisa, Roberto Ferreira Dias permaneceu como diretor de Logística. Desde então, conquista cada vez mais aliados no Congresso.
Ontem, em edição extra do Diário Oficial, Dias aparece como signatário dos contratos firmados pelo Ministério da Saúde para a compra das vacinas Sputnik (R$ 693,6 milhões) e Covaxin (R$ 1,6 bilhão).
O contrato com a Sputnik foi fechado por meio da União Química, do lobista e ex-deputado Rogério Rosso. O da Covaxin, por sua vez, foi assinado com a Precisa Medicamentos - empresa indevidamente favorecida, segundo promotores de Brasília, pelo governo do Distrito Federal numa compra de testes rápidos de covid-19.
Francisco Maximiano, conhecido em Brasília como Max, é diretor da Precisa. O Ministério Público cobra dele R$ 20 milhões por remédios que foram pagos, mas não entregues, na gestão de Ricardo Barros à frente do Ministério da Saúde. Outra empresa de Max deu prejuízo ao Postalis, fundo de pensão dos Correios. Max sempre teve relações fortes com ala sindical do PT, sobretudo com João Vaccari. Depois da queda do PT, aproximou-se do PP.
Tanto a Sputnik quanto a Covaxin não têm perspectiva de obter autorização de uso emergencial junto à Anvisa. Para que os contratos possam ser cumpridos e o dinheiro, pago, o presidente Jair Bolsonaro precisa sancionar a MP que, na prática, exclui a agência do processo de importação das vacinas.
Essa MP foi articulada pelo centrão - em especial por Ricardo Barros.
![](https://cdn2.obastidor.com.br/storage/441/conversions/Xsbd80lsDZimIa9jXkEZoWBLeJt83lL46IpHseL6-admin.jpg)
Desembargador do TJAL questiona ministro do STF sobre suspeição no caso Laginha
Leia MaisBolsonaro não consegue acesso a delação de Mauro Cid, o que ajuda em seu discurso de vítima
Leia MaisRelator do PL que regula planos de saúde coletivos não pretende aliviar para as operadoras
Leia MaisUm cabo eleitoral na Secom
Funcionário do Planalto é suspeito de usar perfil fake para criticar candidato do PL em Araraquara.
Leia MaisPossível ataque hacker paralisa sistemas de nove ministérios e órgãos federais
Leia MaisApós ditador mentir sobre urnas, TSE desiste de enviar observadores à eleição na Venezuela
Leia MaisA juíza, o mediador e o sobrinho
Juíza de vara empresarial de São Paulo nomeou em processos advogado que empregava seu sobrinho.
Leia MaisApós recorrer ao Supremo contra o TJAL no caso Laginha, Bermudes defende novos juízes da falência.
Leia MaisEmpresário Paulo Guimarães, dono do Poupa Ganha e do Meio Norte, é condenado a 16 anos de prisão.
Leia MaisAo atacar urnas, ditador da Venezuela cria problemas para o governo Lula e constrange Bolsonaro
Leia MaisGoverno reformará presídio de Mossoró, de onde dois líderes do Comando Vermelho fugiram em fevereiro
Leia MaisPatrocinada pelo BTG, a TMA Brasil expõe a proximidade entre quem atua na recuperação da Odebrecht
Leia MaisJFPR não concedeu HC para Duque, que aguarda decisão do STF para saber se vai ou não para cadeia
Leia MaisAlguns aliados se sentem abandonados pelo ministro do STJ, após disputas recentes por cargos
Leia Mais