Apesar da pressão, Anvisa não deve liberar Sputnik
Acossada por governadores, lobistas, empresários e até pelo Supremo, a Anvisa não cederá à pressão para liberar a Sputnik, segundo técnicos e diretores da agência. Eles asseguram que só aprovarão o uso emergencial no Brasil da vacina se o governo russo demonstrar a segurança, a eficácia e a qualidade do imunizante.
Até agora, após meses de negaceias e ardis, tanto a União Química, que detém o direito de vender a vacina no Brasil, quanto o Instituto Gamaleya, fabricante do imunizante, não apresentaram dados mínimos sobre a Sputnik. A Anvisa, assim como a EMA (agência europeia) e a OMS, não recebeu informações suficientes para conseguir analisar a vacina.
Nas próximas semanas, técnicos da Anvisa, da EMA e da OMS inspecionarão as fábricas da Sputnik na Rússia. Essa etapa é essencial para avaliar se os russos obedecem as boas práticas internacionais de produção sanitária.
No caso brasileiro, porém, a Anvisa tem um prazo exíguo, em face da ausência de dados, para decidir se autoriza a importação da Sputnik. De acordo com a nova legislação e uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, a agência precisa tomar uma decisão até 29 de abril - trinta dias após o pedido feito por nove governos estaduais. A se manter a falta de informações, os técnicos não terão alternativa: serão obrigados a vetar a importação.
O pedido de importação é correlato e paralelo ao processo de autorização para uso emergencial. A União Química pediu (mais uma vez) a autorização para uso emergencial da Sputnik no Brasil, mas, até o momento, não enviou os dados mínimos. A EMA e a OMS também aguardam os documentos. Caso uma dessas entidades aprove o imunizante, a Sputnik poderá ser aplicada no Brasil.
Os governadores afirmam que podem receber 37 milhões de doses da Sputnik. O Ministério da Saúde, por sua vez, fechou contrato para comprar dez milhões de doses do imunizante. Os russos, contudo, atrasaram a entrega da vacina aos países que optaram pela Sputnik. A Eslováquia chegou a devolver recentemente lotes da vacina. As autoridades sanitárias do país disseram que uma inspeção no produto apontou diferenças nele em relação à fórmula aprovada em contrato.
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