O vestiário rachou na leniência
A renegociação dos acordos de leniência com o governo provoca uma cisão entre as empreiteiras. Parte dos advogados envolvidos na renegociação procuraram o Bastidor para defender a atuação do governo. Eles afirmam que as informações sobre a demora do governo em ajudar a encontrar uma solução para a discussão são exageradas.
A visão desta turma é a oposta de outra parte dos envolvidos nas negociações, como mostrou mais cedo o Bastidor. Advogados de outras empreiteiras reclamam da demora nas negociações e dizem que a AGU e a CGU querem boicotar um possível acordo.
Os satisfeitos com o governo afirmam que Jorge Messias, advogado-geral da União, e Vinícius Carvalho, chefe da Controladoria-Geral da União, têm tido cuidado nas negociações. De acordo com essas fontes, as críticas à dupla vêm de partes que "não querem pagar mais nada".
A discussão pela revisão dos acordos de leniência começou no início deste ano, com as empreiteiras indo ao Supremo Tribunal Federal pedir novos parâmetros para as multas cobradas por conta dos crimes que cometeram.
A solução de André Mendonça foi colocar todos os envolvidos para conversar, mas a falta de acordo tem levado a seguidas prorrogações do prazo.
Acórdão proferido pelo Tribunal de Contas da União na semana passada mostra que, segundo dados de 2022 da CGU, foram pagos 8,5 bilhões de reais dos 18,3 bilhões de reais dos 25 acordos de leniência assinados.
O tribunal listou alguns problemas de transparência na divulgação das informações. Um deles é o fato de ser impossível à corte checar as informações apresentadas nos sites oficiais de AGU e CGU com as listadas nos acordos.
Leia o acórdão proferido proferido pelo TCU na sessão de quarta-feira (5) e outras notícias publicadas pelo Bastidor sobre o assunto:
- Perdão para a corrupção
- Por mais acertos com a lei
- Papai Noel para a J&F
- Anistia para todas
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- A passos lentos
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