Palma na Copape

Karen Couto
Publicada em 13/09/2024 às 06:00
Andrea Galhardo Palma, juíza da 2ª Vara Regional Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem do TJ-SP Foto: Reprodução/Redes sociais

A juíza Andrea Galhardo Palma, da 2ª Vara Empresarial Regional e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª Região Administrativa Judiciária de São Paulo, deverá ser a responsável por decidir sobre o pedido de recuperação judicial das empresas Copape e Aster. As duas companhias, investigadas pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), entraram nesta quinta-feira (12) com o pedido na Justiça, como revelado pelo Bastidor.

No pedido de recuperação judicial, as empresas pleiteiam à Justiça a revogação de decisões da Agência Nacional do Petróleo que suspenderam a licença de funcionamento delas. Segundo advogados da área consultados pelo Bastidor, esse tipo de pedido é heterodoxo.

A Copape acumula derrotas na Justiça Federal por tentar derrubar as decisões da ANP. Os especialistas afirmam que não há amparo legal para se buscar reverter atos administrativos, como os de uma agência reguladora, por meio de uma recuperação judicial. Atos que, no caso, foram tomados antes do pedido de recuperação judicial - e não já no curso dela.

A petição das empresas é assinada por sete advogados renomados, dos escritórios TWK e Tiago Limongi: Joel Luís Thomaz Bastos, Ivo Waisberg, Tiago Henrique Papaterra Limongi, Adriana Dias de Oliveira, Patricia Fernandes Gardelli Franco, Gustavo Furlan J. de Andrade e Pedro Ito Asbahr.

Cabe a Palma aceitar ou negar o pedido de recuperação judicial. Também pode exigir esclarecimentos adicionais sobre o caso. A expectativa é que uma decisão saia até o final da semana.

Como revelou recentemente o Bastidor, o sobrinho da juíza Andrea Palma era empregado como advogado no escritório de Elias Mubarak, nomeado por ela para mediações em processos. Ela é professora em um curso mantido indiretamente pelo advogado Ricardo Cabezón, outro que já se beneficiou de suas decisões. Segundo a Lei Orgânica da Magistratura, juízes podem manter atividade docente, em paralelo com a atuação jurisdicional. Entretanto, eles são proibidos de manter qualquer relação comercial com auxiliares, peritos ou administradores judiciais.

PGR denuncia deputados do PL por tentarem desviar 1,6 milhões de reais de emendas parlamentares

Leia Mais

Falência não pode ser estendida a empresas de um mesmo grupo só por conta dessa ligação

Leia Mais

Bradesco com carne

17/09/2024 às 12:19

Grupo obtém aval do Cade para compra de 50% do Banco John Deere; Noronha tenta retomar força no agro

Leia Mais

Governo edita portaria que proíbe de vez sites de apostas não cadastrados a partir de 1º de outubro

Leia Mais

Caixa gastará ao menos R$ 14 mi em indenizações por casos de assédio na gestão do ex-presidente

Leia Mais

Juíza negou pedido para suspender decisão da ANP que revogou licença de funcionamento da empresa

Leia Mais

A política saiu do modo tradicional para lidar com uma anormalidade chamada Pablo Marçal

Leia Mais

Dupla jornada

16/09/2024 às 13:03

Depois de ordenar combate a incêndios, Flávio Dino facilita vida do governo em gastos contra o fogo

Leia Mais

Ministro Odair

16/09/2024 às 06:00

Líder do PT na Câmara recebeu promessa de vaga no TCU para apoiar Hugo Motta

Leia Mais

Derrotada em disputa, empresa será inscrita na dívida ativa do estado de São Paulo

Leia Mais

O risco da Stripe

14/09/2024 às 14:30

Principal empresa de pagamentos do mundo, fintech sofre para fechar parcerias com bancos dos EUA

Leia Mais

Mercado de recuperação judicial e falência mostra que alianças e amizades ajudam no faturamento.

Leia Mais

A manobra se daria na correção dos saldos das dívidas, uma das principais reclamações das empresas

Leia Mais

CNMP determina que ministérios públicos estaduais e da União trabalhem contra facções nas eleições.

Leia Mais

Bancos repassam 18 milhões das contas da Starlink no Brasil à União por multas aplicadas ao X

Leia Mais