Copape perde mais duas
A Copape, empresa de petróleo e gás natural investigada pelo Ministério Público por suspeita de ligação com o PCC, teve duas derrotas na Justiça nesta quinta-feira. Numa delas, não conseguiu reverter a decisão da ANP (Agência Nacional de Petróleo) que revogou sua licença outorga; na outra, não obteve liminar contra decisão que a proíbe de usufruir o direito de adiar o pagamento de ICMS na importação de diesel.
No primeiro caso, o desembargador Marcelo Albernaz, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), não atendeu a um mandado de segurança que a empresa apresentou contra decisão da semana passada de uma colega sua, a desembargadora Rosana Noya Alves Weibel Kaufmann, que manteve o ato da ANP. O magistrado argumentou que ainda há recursos que aguardam julgamento dentro do próprio TRF-1, e o deferimento do mandado de segurança poderia ser um passo precipitado, já que a Copape tampouco demonstrou a urgência do requerimento.
A defesa da Copape pede a suspensão do processo da ANP. Disse que as acusações são baseadas numa campanha difamatória dos concorrentes. Desde o mês passado, a Copape está proibida de exercer as suas atividades após ser acusada, somente na esfera administrativa, de infringir regras na comercialização, no exercício da atividade e no armazenamento de combustível.
A ANP também levou em conta informações de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo, que revelou a participação de representantes da Copape em fraudes fiscais. O esquema consistia em importar gasolina como se fosse nafta, matéria-prima derivada do petróleo.
No segundo caso desta quinta-feira, o desembargador Eurípedes Lamounier, do Tribunal de Justiça de Tocantins, negou à Copape uma liminar para ter direito a usufruir de diferimento tributário, um recurso que permite pagar o ICMS na etapa seguinte da comercialização - no seu caso, após a importação de diesel.
O Ministério Público em São Paulo ofereceu denúncia em que acusa a Copape e a Áster de sonegarem cerca de 1 bilhão de reais em impostos. O MP também investiga uma ligação de um dos donos da empresa, Mohamad Hussein Mourad, com organizações criminosas, como o PCC. Ele seria controlador de mais de 50 postos de gasolina e de empresas do setor que estariam em nome de laranjas.
Com base em informações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), as autoridades paulistas dizem que os valores obtidos com o esquema iam para contas mantidas por pessoas ligadas a Mohamad. Só a esposa do empresário, Silvana Correa, é suspeita de ter movimentado mais de 210 milhões de reais em seis anos.
Ataque ao sistema financeiro
PF investiga roubo digital sem precedentes por meio de invasão a empresas centrais do setor bancário
Leia MaisTRF1 suspende decisão que determinava a paralisação de exploração de madeira no Amapá
Leia MaisTCDF manda notificar Secretaria da Educação por baixa qualidade da comida nas escolas
Leia MaisAGU anuncia que Lula resolveu recorrer da decisão do Congresso de derrubar aumento de imposto
Leia MaisAneel permitiu que Enel reajuste tarifa em 13,47%, apesar de falhas no fornecimento no ano passado
Leia MaisViagem secreta sob suspeita
PF investiga ida de dois delegados federais da "PF paralela" para São Paulo após a eleição de 2022
Leia MaisDelegados da investigação da Polícia Federal sobre roubo de aposentados são deslocados
Leia MaisPF concede aposentadoria a Alessandro Moretti, delegado indiciado no inquérito da 'Abin paralela'
Leia MaisDesaparecimento de árbitro em meio à disputa entre Guaçu e Areva reverte resultado de julgamento
Leia MaisMinistro anula investigação porque dados financeiros foram pedidos pelo MP diretamente ao órgão
Leia MaisDoleiro Alberto Youssef pede que Toffoli anule as condenações impostas por Sergio Moro na Lava Jato
Leia MaisLaranjas no Pará
PF descobre saques e transações suspeitas em empresas de marido de Elcione Barbalho
Leia MaisAlcolumbre e Motta desistem de ir a audiência no Supremo que criticou distribuição de verbas
Leia MaisTribunal de Contas de PE paralisa processo em que a Ambipar ganhou direito a explorar coleta na ilha
Leia MaisGonet propõe que privilégios só sejam pagos ao Ministério Público após decisão judicial
Leia Mais