Sem apoio político, Mendonça vai de fé e paciência enquanto aguarda Alcolumbre
Pouco mais de quatro meses após ser indicado ao STF, André Mendonça ainda aguarda sua sabatina na CCJ do Senado. Enquanto Augusto Aras - que teve seu nome apresentado por Jair Bolsonaro junto ao do ex-AGU - já foi reconduzido à PGR, o ex-ministro da Justiça recorre à fé e ao exercício da paciência para esperar seu momento.
Fazer política já não adianta mais, Mendonça cumpriu todas as liturgias que uma cadeira no STF exige. Pediu conselhos e apoios a ministros da corte e visitou senadores. Também tentou diversas vezes falar com Davi Alcolumbre (até hoje sem sucesso).
Pessoas próximas às negociações afirmam que não sabem o cálculo feito pelo presidente da CCJ do Senado nesse caso, mas admitem que agora só resta a Mendonça esperar que a política resolva os problemas causados por seus apoiadores.
Bolsonaro e sua família, além de Silas Malafaia, transformaram uma missão, antes prevista para ser finalizada em não mais do que dois meses, em um périplo com final ainda indefinido. A culpa pela demora é tamanha que pessoas envolvidas nas negociações pela sabatina admitem reservadamente que Gilmar Mendes fez mais pela análise do nome de Mendonça do que o governo e seus aliados.
E não se pode descartar, como mostrou o Bastidor, as chances de Bolsonaro abandonar Mendonça caso perceba que sua aposta deu errado.
Mesmo assim, apesar de surgirem cada vez mais sinais de que sua jornada será inglória, o ex-AGU mantém a esperança de que seu nome será aprovado, segundo interlocutores do advogado da União. Esse otimismo cauteloso, afirmam, é baseado naqueles que têm se esforçado para que seu nome seja ao menos avaliado.
Fux ligou três vezes para Pacheco para pressionar pela sabatina, sem demonstrar o apoio que tem pelo nome do ex-AGU, afirmam pessoas próximas às negociações. O presidente do STF também mostrou na prática o problema de desfalcar a corte ao colocar em julgamento temas espinhosos que não foram devidamente resolvidos por causa de empates nas votações. Dois exemplos são os casos do ex-deputado André Moura e de transexuais em presídios.
Fontes próximas a Mendonça dizem que apenas quatro senadores não receberam o ex-AGU: Davi Alcolumbre, Renan Calheiros, Cid Gomes e Jorge Kajuru - este último, que declarou voto contrário ao advogado da União, cobrou que o STF obrigasse Alcolumbre a pautar a sabatina, mas Ricardo Lewandowski apenas devolveu o problema ao Senado.
Dias Toffoli anula todos os atos da Lava Jato em Curitiba contra o ex-ministro petista
Leia MaisNota técnica coloca órgãos estaduais na fiscalização das casas de apostas e de influencers
Leia MaisSTJ nega pedido do grupo para retomar processo de recuperação judicial
Leia MaisTrump e Elon Musk se atacam nas redes sociais depois de briga por interesses comerciais
Leia MaisZanin nega pedido para libertar empresário investigado em caso de venda de sentenças no STJ
Leia MaisMendonça defende manutenção do Marco Civil e critica remoção de perfis que não sejam falsos
Leia MaisBolsonaro afirma que mandou dinheiro que recebeu por Pix para ajudar o filho, Eduardo, nos EUA
Leia MaisInterpol coloca deputada foragida na lista de criminosos procurados pelo mundo
Leia MaisPesquisa mostra que eleitores preferem que ex-presidente aponte um candidato para 2026
Leia MaisConvenção Nacional do PSDB aprovou nesta quinta-feira (5) a incorporação de partido de Renata Abreu
Leia MaisTCU chancela acordo entre RioGaleão, Anac e governo sobre concessão do aeroporto carioca
Leia MaisAlexandre de Moraes vê tentativa de obstrução e manda abrir nova investigação contra Carla Zambelli
Leia MaisMendonça indica que vai divergir de Toffoli, Fux e Barroso no julgamento do Marco Civil da Internet
Leia MaisDívida da empresa com fisco pode passar de 2 bilhões de reais, mas penalização está distante
Leia MaisCorte especial do STJ inocenta os principais investigados por venda de sentenças no Espírito Santo
Leia Mais