Caixa sem Cactvs

Alisson Matos
Publicada em 08/10/2024 às 15:40
A expansão da oferta de microcrédito é uma das apostas do governo Lula para a economia Foto: Samuel Costa/Folhapress

A Caixa firmou nesta terça-feira (8) com o Ministério da Integração Nacional um acordo para começar a oferecer operações de Microcrédito Produtivo Orientado. O banco público, por ora, vai focar na modalidade rural, em benefício de agricultores e pequenos produtores.

O movimento da Caixa foi antecipado pelo Bastidor em agosto. À época, o banco analisava colocar a Cactvs como a empresa responsável pelo apoio, fomento e orientação às atividades produtivas financiadas. As negociações, como revelou com exclusividade o Bastidor, não avançaram.

Apoiada por Gilberto Occhi, ex-presidente da Caixa e homem de confiança do PP, a Cactvs chegou perto de fechar negócio. Parou na governança da Caixa: o fundador da empresa, Fernando Passos, já foi acusado de manipulação de mercado e respondeu por suspeita de burlar documentos do Banco do Brasil. Procuradores nos Estados Unidos o denunciaram por fraudes de valores mobiliários.

No dia 2 de outubro, a Caixa abriu uma nova consulta pública em busca de empresa especializada para liderar a operação. De acordo com o banco, serão utilizados recursos de Fundos Constitucionais que reservaram 300 milhões de reais para operações contratadas em 2024. A expectativa é de um total de 6 bilhões para os próximos cinco anos.

A expansão da oferta de microcrédito é uma das apostas do governo Lula para alavancar a economia. Envolve diferentes ministérios. Por isso, o esforço para que a Caixa entre forte no setor. No ano passado, ainda sob o comando de Rita Serrano, o banco apresentou uma estratégia de Microcrédito Produtivo Orientado.

A modalidade consiste em disponibilizar empréstimos de valor mínimo de 100 mil reais, com prazo de pagamento de 48 meses e taxa de juros a partir de 0,69% ao mês. Além da liberação dos recursos, a categoria oferece acompanhamento e orientação para os beneficiários gerirem seus negócios.

A Caixa se inspirou no modelo adotado no Banco do Nordeste, o BNB, voltado empreendedores individuais ou reunidos em grupos solidários, que atuam tanto no setor formal quanto no informal. Em 2023, o BNB concedeu em 10,6 bilhões de reais em crédito deste tipo a mais de dois milhões de clientes.

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