Sinas de Dantas
Os recentes movimentos do Tribunal de Contas da União contra a gestão da Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) são atribuídos ao ministro Bruno Dantas por aliados de João Fukunaga, presidente da entidade. Seria uma vingança pessoal de Dantas contra Fukunaga, que não embarcou na tentativa do ministro de se tornar presidente da Vale, no ano passado.
Como presidente da Previ, Fukunaga é membro do conselho de Administração da Vale e participou do acordo que elevou Gustavo Pimenta ao comando da mineradora. Então presidente do TCU, Dantas foi cotado, mas não chegou perto de ter chances reais de disputar o cargo. O presidente do conselho da Vale é Daniel André Stieler, ex-presidente da Previ.
O caso começou em fevereiro, quando o TCU abriu uma apuração preliminar das contas da Previ, a pedido do ministro Walton Alencar. A justificativa é que fora constatado um déficit de R$ 17 bilhões no Plano 1 da entidade.
Membros da Previ creditam à atuação de Dantas nos bastidores as ações contra a gestão de Fukunaga desde então. Na semana passada, em audiência no TCU, Dantas sugeriu ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal que levantassem a lista de passageiros das viagens do presidente da Previ. O tópico sequer consta no relatório técnico do tribunal, resultado da apuração preliminar iniciada em fevereiro. No dia 9, o ministro Walton Alencar determinou a abertura de uma auditoria nas contas da Previ, com base no relatório.
A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil encomendou um parecer comparativo, obtido pelo Bastidor, entre o voto de Walton Alencar e o relatório dos técnicos do TCU. O documento aponta um “tom político e subjetivo” do ministro ao tratar de ingerência sindical na nomeação do presidente da Previ, em comparação com o parecer dos técnicos, que atribui o prejuízo de 17 bilhões de reais ao aumento da exposição em ações da Vale e à conjuntura econômica adversa.
Procurada, a assessoria do TCU disse que o tribunal "se manifesta por meio de seus acórdãos". Os ministros Walton e Dantas não comentaram.
Leia a íntegra do acórdão:
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