A fome acabou

Samuel Nunes
Publicada em 17/04/2025 às 18:59
Glauber Braga passou nove dias em greve de fome, em protesto contra pedido de cassação Foto: Divulgação

Após um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta, o deputado Glauber Braga, do Psol do Rio de Janeiro, interrompeu nesta quinta-feira (17) a greve de fome que começou há nove dias, desde que o Conselho de Ética aprovou relatório que recomendava a cassação do seu mandato.

Pelo acordo, Braga vai recorrer da decisão do Conselho de Ética, junto à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se o recurso for negado, ele ainda terá 60 dias se defender. Como a decisão da CCJ só sairá em 29 de abril, Braga terá até o final de junho. Só depois disso é que o caso poderá ser levado ao plenário, no segundo semestre.

A decisão de Motta foi tomada depois de conversas dele com a deputada Sâmia Bomfim, do Psol de São Paulo, casada com Braga, e com o líder do PT, Lindbergh Farias.

Glauber comemorou o resultado, mas lembrou aos eleitores que ainda não há garantias de que será mantido no cargo. "Agradecemos imensamente a toda solidariedade. Essa é uma vitória importante, mas ainda não vencemos a guerra. Por isso, é fundamental seguirmos mobilizados", afirmou nas redes sociais.

Braga virou alvo de um processo de cassação depois de agredir o youtuber Gabriel Costenaro, membro do Movimento Brasil Livre. Costenaro tem histórico de provocar deputados e senadores da esquerda e perseguiu Braga sistematicamente por meses em Brasília e no Rio, onde foi candidato a vereador em 2024, sem ser eleito.

A ação foi movida pelo partido Novo, mas Glauber defende que a iniciativa foi manipulada pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, por causa das denúncias que o deputado do Psol fez contra o chamado orçamento secreto. Lira nega a articulação contra o colega. O Psol é autor do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu os repasses de verbas por meio do orçamento secreto.

Caso seja cassado pela agressão, Braga será um caso inédito na Câmara. Seu caso contrasta com o do colega Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e responde ao processo em prisão domiciliar. Mesmo assim, a cassação de Brazão ainda não foi examinada.

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