Governo pretende usar lobista Max para atacar Renan
Senadores da base do governo pretendem usar os rolos pretéritos do lobista Francisco Emerson Maximiano, o Max, para atacar e constranger o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros. Max, pivô do caso Covaxin, deve depor quinta.
Como o Bastidor noticia desde fevereiro, antes da assinatura do contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, representante da indiana Bharat Biotech no Brasil, Max é conhecido no submundo de Brasília.
Apesar das revelações do Bastidor, muita gente na capital ainda não havia percebido que o lobista Max é investigado pela Polícia Federal no Supremo em virtude de esquema cuja chefia é atribuída a... Renan Calheiros. Por meio da sua Global Saúde e do fundo de participações em Saúde, o FIP Saúde, também ligado a ele, Max ajudou a desviar dinheiro dos Correios, do Postalis e da Petrobras nas gestões petistas.
O Ministério Público e a PF trabalham com a hipótese de que Max obteve êxito nos crimes porque atuou em parceria com o lobista Milton Lyra, associado a Renan e ao PMDB do Senado. Milton Lyra também é investigado nesse caso - as quebras de sigilos dos lobistas, obtidas pela reportagem, demonstram que eles mantiveram relações comerciais e financeiras no primeiro mandato de Dilma Rousseff. Max repassou, ao menos, R$ 7,5 milhões a Lyra, após a Global receber dinheiro do Postalis. (O investimento de R$ 40 milhões do fundo de pensão no FIP Saúde virou prejuízo. O FIP Saúde investia apenas na Global, de Max, que nunca deu retorno. E ficou por isso mesmo.)
Nas gestões petistas, o Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, era dividido politicamente entre PT e PMDB. A operação de Max no Postalis, em parceria com Milton Lyra, aconteceu nesse período. De tão saqueado, o Postalis quebrou.
Naquele momento, Max mantinha relações próximas com sindicalistas do PT - chegou a pagar propina a um deles para obter contrato nos Correios, de acordo com uma delação dos envolvidos e sigilos fiscais analisados pelo Bastidor. Max vendia uma espécie de seguro de medicamentos.
Os mesmos sindicalistas, ligados ao então tesoureiro do PT, João Vaccari, detinham o comando do Postalis, em gestão compartilhada - e conflituosa - com o PMDB do Senado. Notadamente, Renan e Edison Lobão.
Zanin garante que municípios com até 156 mil habitantes paguem alíquota previdenciária de 20% .
Leia MaisProcuradoria defende que STF rejeite recurso do ex-presidente contra inelegibilidade
Leia MaisGoverno se comprometeu a pagar 11 bilhões em emendas até abril. Não foi o que ocorreu
Leia MaisEleição no Superior Tribunal de Justiça serviu para criticar trabalho virtual de ministros
Leia MaisDeputados aprovam convite para diretores após caso revelado pelo Bastidor sobre royalties
Leia MaisA articulação política do governo trabalha para que a sessão seja adiada para o mês que vem
Leia MaisA sobrevida no comando da Petrobras não significa que a pressão sobre Prates tenha diminuído
Leia MaisPGR pediu à PF que investigue mais a falsificação da carteira de vacinação de Bolsonaro
Leia MaisDuas vereadoras do PL são apontados como favoritas a formar a chapa com Ricardo Nunes em São Paulo
Leia MaisDenúncia contra Zambelli por divulgação de falsa prisão de Moraes coloca Judiciário como vítima
Leia MaisEleição de Salomão a vice-presidente provoca mudança no sistema de eleições do STJ
Leia MaisChances de indicação de um bolsonarista raiz para a vaga de vice caíram consideravelmente
Leia MaisTST colocou o presidente Lula em uma intrincada escolha para o novo ministro
Leia MaisManifestação em defesa de Jair Bolsonaro é - e será - comício do PL para eleição municipal
Leia MaisDefesas de empreiteiras contam com prorrogação de prazo para renegociar acordos de leniência
Leia Mais