Genocídio e homicídio irritam grupo majoritário da CPI da Pandemia

Nonato Viegas
Publicada em 18/10/2021 às 10:38
Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapres

O adiamento da decisão sobre o relatório da CPI da Pandemia ocorreu após séria discussão entre os seus integrantes. Um dos mais indignados com o relator Renan Calheiros, neste fim de semana, era o presidente da comissão, Omar Aziz.

Aziz entendeu que o senador Renan Calheiros descumpriu acordo de, antes de qualquer vazamento à imprensa, haver uma discussão interna para especificar indiciamentos e tipificações de crime. Aziz não foi o único a se irritar.

Ainda na sexta-feira, 15 de outubro, os senadores souberam pela imprensa que o relatório pediria o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelo genocídio de indígenas e homicídio. De lá para cá, a cada informação divulgada pela imprensa aumentava a insatisfação no grupo dos senadores do grupo majoritário, formado pela oposição e pelos independentes.

A avaliação era que, ao vazar para jornalistas, o relator quer pressionar a aprovação de seu documento sem qualquer discussão prévia, que estava marcada para a noite desta segunda-feira, 18 de outubro. Aziz já disse não haver clima para o encontro. Alguns membros da CPI ainda trabalham para convencer colegas do encontro.

Aziz em suas declarações contra Calheiros, na verdade, vocalizou uma insatisfação coletiva. Até os de oposição consideram que o relator foi inábil ao vazar o relatório acreditando fazer pressão sobre os senadores.

O trabalho do líder do governo, Fernando Bezerra, e do próprio Bolsonaro foi de convencer integrantes do colegiado de que a CPI cairia em descrédito listar crimes de genocídio de indígenas e de assassinato. Faltariam provas.

As duas tipificações causaram preocupação no Palácio do Planalto, daí, o trabalho intenso durante o final de semana. E funcionou. O argumento de que faltam provas pegou. Mesmo senadores de oposição acham que Calheiros tentou tocar bumbo nas redes sociais sem considerar o risco de que, na justiça, o documento não avançaria.

Para o grupo majoritário, é fundamental que o relatório esteja fundamentado para que, ao fim do colegiado, as várias instâncias para onde o documento seja encaminhado, renda desgaste a Bolsonaro ao longo de 2022.

A leitura do relatório deverá ocorrer nesta terça-feira, 19; sua votação, na outra terça-feira que vem, 26.

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