O novo negócio da Copape
Armando Houssein Ali Mourad, irmão de Mohamad Hussein Mourad — dono da Copape e investigado por suspeitas de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) —, adquiriu parte da planta da massa falida da Ibrasol, uma companhia de combustíveis, em Araras, interior de São Paulo.
No setor, a movimentação da Europa Produtos de Petróleo S/A é vista como uma forma de Mohamad contornar a suspensão da Copape, proibida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) de atuar desde julho e investigada pelo Ministério Público de São Paulo.
Armando Mourad comprou parte do terreno da Ibrasol por meio da Europa Produtos de Petróleo S/A, empresa criada em setembro de 2022 e registrada na Junta Comercial de São Paulo com o nome fantasia Monroy West Energy. Desde maio a Monroy tem um site, feito a partir de fotos e ilustrações genéricas, obtidas de bancos de imagens públicos.
A Secretaria da Fazenda de São Paulo concedeu a inscrição estadual à Monroy dois dias após o pedido, como é de praxe. Mas a empresa não pode funcionar por não ter licença da ANP. Segundo a agência, não há pedidos pendentes de avaliação em nome da empresa.
Desde a fundação, a sede da Europa está localizada em um dos lotes adquiridos num leilão da massa falida da Ibrasol. O espaço possui tanques destinados à produção de combustíveis.
O leilão judicial ocorreu em maio e colocou à venda dois lotes, que integram a planta. Armando tentou levar os dois, mas não conseguiu. O valor pago foi de 4,2 milhões de reais.
A administradora da massa falida diz que o local está vazio e que nunca foi alugado a terceiros. Fotos aéreas mostram que foram realizadas melhorias de 2022 para cá. A administradora não respondeu quem fez as obras.
No setor, a movimentação da Europa Produtos de Petróleo S/A reforça suspeitas de que Mohamad estaria expandindo suas operações por meio de familiares para contornar a interdição da Copape. Outro de seus irmãos, Himad Abdallah Mourad, tem uma empresa na mesma atividade, a GT Formuladora.
A Copape está impedida de atuar, acusada de infringir regras na comercialização, no exercício da atividade e no armazenamento de combustíveis. O Ministério Público investiga a empresa por sonegação de impostos e pela suspeita de ligação com a facção Primeiro Comando da Capital, o PCC.
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