Não cobre quase nada
A Agência Nacional de Saúde Suplementar aprovou hoje (10) a criação de um novo modelo de plano de saúde com cobertura reduzida, chamado de “planos de consultas médicas estritamente eletivas e exames”. A medida será submetida a consulta pública para que consumidores e entidades do setor possam opinar.
A proposta atende a um pedido antigo das operadoras e administradoras de planos, que buscam atrair clientes que hoje recorrem a cartões de desconto. A ideia é ampliar o mercado, embora ainda não haja clareza sobre a real demanda por esse tipo de cobertura.
As operadoras já são autorizadas a comercializar planos sem internação, chamados de ambulatoriais. O modelo proposto prevê cobertura ainda mais restrita; se beneficiário necessitar de um atendimento mais especializado, terá de recorrer ao SUS.
Durante a reunião da Direção Colegiada, o diretor relator Alexandre Fioranelli defendeu a proposta, argumentando que ela poderia agilizar o processo de diagnóstico. Segundo ele, a medida criaria uma alternativa mais acessível para quem depende exclusivamente do SUS, permitindo que exames e consultas fossem realizados na rede privada antes de um possível encaminhamento ao sistema público.
De acordo com dados da ANS, as operadoras e administradoras de benefícios registraram um lucro líquido de 8,7 bilhões de reais até o terceiro trimestre de 2024, o maior desde a pandemia de Covid-19 e 180% superior ao mesmo período do ano anterior.
O desempenho ocorre em um ano marcado pelo aumento das reclamações de consumidores e pela abertura de processos administrativos contra empresas que lideram os ganhos, acusadas de cancelamentos unilaterais de contrato e práticas abusivas.
O portal JOTA revelou que a proposta foi levada à diretoria da ANS sem passar por uma análise técnica detalhada. A área responsável pela regulação desses produtos não participou do processo, o que gerou críticas internas e levantou dúvidas sobre a segurança jurídica da iniciativa.
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