De mudança da Petrobras
Danilo Ferreira da Silva, chefe de gabinete da presidência da Petrobras durante a gestão Jean Paul Prates, está de mudança para a Transpetro. O nome do sindicalista e advogado será analisado pelo conselho da subsidiária para o cargo de diretor financeiro nesta sexta-feira.
Durante a gestão de Prates, Danilo tinha o poder de chancelar ou não indicações para gerências da Petrobras. Será substituído por Felipe Figueiredo, assessor trazido pela atual presidente, Magda Chambriard.
Danilo dividia a chefia de gabinete de Prates com outras funções. Agora, dividirá a diretoria financeira da Transpetro com a presidência do Conselho Deliberativo do plano de saúde da Petrobras, ocupada desde janeiro deste ano, e uma cadeira no Conselho de Administração da Braskem, para o qual foi eleito no fim de abril.
Nos governos anteriores do PT, Danilo foi assessor da presidência da Petrobras de 2013 a 2015 e diretor administrativo financeiro da empresa de 2015 a 2016. Também integrou os conselhos de administração da Fras – Le (2014- 2015), da Invepar (2015-2016), do Iguatemi Shopping Centers (2016-2018) e da Totvs (2015-2017).
Com raízes políticas no sindicalismo, de 2011 a 2012, Danilo ocupou a suplência do conselho da Petros. À época, o colegiado era presidido por Diego Hernandes, investigado na Lava Jato.
Segundo a Petrobras, Danilo passou "pelos procedimentos de Background Check de Integridade (BCI) e de Background Check de Capacitação e Gestão (BCG), não tendo sido apontado qualquer óbice à sua indicação".
Essas duas investigações, de acordo com a Petrobras, focam no "histórico do indicado, sua compatibilidade ou conflitos com o cargo a ser exercido, além de requisitos de integridade, formação acadêmica, experiências profissionais em liderança e desempenho em funções anteriores".
Passado problemático
As ações do PT durante os mandatos de Lula e Dilma, de 2003 a 2015, para acomodar interesses de petroleiros e petistas, fizeram a Transpetro sofrer durante a Lava Jato. A companhia foi alvo de investigação, principalmente, por conta da atuação de Sergio Machado.
Machado presidiu a Transpetro de dezembro de 2003 a outubro de 2014, quando caiu por conta de denúncias da Lava Jato de que recebeu propina para favorecer fornecedores. O ex-senador filiado ao MDB entrou para a história política brasileira após ter sido flagrado numa escuta telefônica tramando contra a investigação.
Em maio de 2016, a imprensa divulgou áudios captados meses antes, de uma conversa entre Machado e então senador Romero Jucá. No material, o ex-executivo da Transpetro se diz preocupado com a possibilidade de empresas envolvidas em esquemas de corrupção firmarem acordos de leniência com as autoridades.
Sergio Machado sugere como saída uma mudança nos rumos do governo, um "pacto nacional". Ouviu como reposta de Jucá: "com Supremo, com tudo".
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