Um novo gerente para o Galeão
O Tribunal de Contas da União aprovou por unanimidade, na quarta-feira (4), o acordo firmado entre Ministério de Portos e Aeroportos, Agência Nacional de Aviação Civil e a concessionária RioGaleão para fazer uma nova licitação da concessão do aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
O acordo prevê a venda assistida da concessão até maio, numa licitação com valor mínimo de 932 milhões de reais, que deverá ser pago à vista. A empresa que passar a explorar o aeroporto pagará à União uma contribuição anual variável de 20% sobre o faturamento bruto da concessão até 2039.
O novo concessionário do Galeão também terá de pagar um valor extra à União, caso a limitação de tráfego no aeroporto Santos Dummont lhe garanta mais lucro do que o previsto. Desde 2024, foi imposto limite de 6,5 milhões de passageiros anuais ao Santos Dummont, que é gerido pela Infraero.
A restrição foi imposta justamente para garantir a saúde financeira da concessão da RioGaleão, que registrou aumento de 83% no volume de pessoas em trânsito desde a mudança, segundo dados do governo federal.
O cálculo desse valor extra será feito pela Anac, com base nas projeções de evolução do número de passageiros que utilizariam o Santos Dummont neste e nos próximos dois anos. As estimativas da agência são 8 milhões de pessoas em 2025, 9 milhões em 2026 e 10 milhões em 2027.
Os acionistas privados da RioGaleão — Odebrecht Transport e Changi, de Cingapura, que detêm 51% da concessão — poderão participar do leilão. Mas a Infraero, que detém os 49% restantes de participação, deixará o negócio até o fim de março de 2026.
A Rio Galeão venceu a disputa pela concessão do aeroporto do Galeão em 2013. Pagou 19 bilhões de reais, quase quatro vezes mais do que o previso no edital. Em 2022, a concessionária pediu a uma nova licitação da concessão para abandonar o negócio.
À época, a RioGaleão usou como argumentos para a desistência os problemas financeiros causados pela pandemia da Covid-19 e pela crise econômica. Segundo a concessionária, os dois fatores criaram uma grande diferença entre a demanda projetada pelo governo federal no edital (37,7 milhões de passageiros no aeroporto em 2024) e a real, que ficou quase 40% abaixo disso.
Porém, em 2023, a RioGaleão voltou atrás na decisão. Um dos motivos foram os resultados do ano anterior, quando houve recorde na movimentação de cargas. Foram 55 mil toneladas e quase 10 bilhões de reais em produtos.
Zanin nega pedido para libertar empresário investigado em caso de venda de sentenças no STJ
Leia MaisMendonça defende manutenção do Marco Civil e critica remoção de perfis que não sejam falsos
Leia MaisBolsonaro afirma que mandou dinheiro que recebeu por Pix para ajudar o filho, Eduardo, nos EUA
Leia MaisInterpol coloca deputada foragida na lista de criminosos procurados pelo mundo
Leia MaisPesquisa mostra que eleitores preferem que ex-presidente aponte um candidato para 2026
Leia MaisConvenção Nacional do PSDB aprovou nesta quinta-feira (5) a incorporação de partido de Renata Abreu
Leia MaisAlexandre de Moraes vê tentativa de obstrução e manda abrir nova investigação contra Carla Zambelli
Leia MaisMendonça indica que vai divergir de Toffoli, Fux e Barroso no julgamento do Marco Civil da Internet
Leia MaisDívida da empresa com fisco pode passar de 2 bilhões de reais, mas penalização está distante
Leia MaisCorte especial do STJ inocenta os principais investigados por venda de sentenças no Espírito Santo
Leia MaisDepois de acionar Cade, ministro de Minas e Energia pede atuação de ANP, Receita e Inmetro
Leia MaisPesquisa mostra um governo fraco diante de um escândalo popular e desejo de investigação
Leia MaisCade chancela controle da J&F sobre Eldorado Celulose e disputa com Paper Excellence termina
Leia MaisJustiça bloqueia dinheiro e bens de investigados por descontos ilegais sobre em aposentadorias
Leia MaisSuperintendência do Cade não vê problemas para o mercado e aprova união foi anunciada em maio
Leia Mais