Tabata sem companhia
A cada dois anos, os brasileiros têm a certeza de que haverá eleição e terão de votar. Para os paulistas esta certeza é acrescida de outra: o apresentador José Luiz Datena será pré-candidato a algum cargo e desistirá da disputa em cima da hora. Já fez isso quatro vezes desde 2016.
Nesta quinta, Datena anunciou que quer ser candidato a prefeito pelo PSDB, um mês depois de aparecer como opção de vice da pré-candidata do PSB, Tabata Amaral.
A atitude de Datena solapa a candidatura de Tabata. Dos três pré-candidatos em evidência, ela é a mais fragilizada até agora por não ter o apoio de Lula ou de Jair Bolsonaro.
No dia 1º de maio, o presidente Lula pediu votos para o deputado Guilherme Boulos, pré-candidato pelo Psol. Em tese, Tabata é uma candidata alinhada à esquerda ou centro esquerda. Poderia ser uma alternativa, mas Lula fechou a porta.
O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, é um candidato natural por concorrer à reeleição. A atitude de Lula o jogou no colo do bolsonarismo, com quem convive há tempos sem assumir.
Assim, Tabata ficou sem um apoio forte numa eleição em que isso é decisivo. Em tempos de polarização calcificada, falta a ela neste momento o maior ativo de um candidato, que é ter o apoio de Lula ou de Jair Bolsonaro.
Se não há espaço para uma terceira via na disputa presidencial, como se viu em 2022, é difícil acreditar que haverá em outubro – em especial quando os dois maiores influenciadores políticos trabalham para que a eleição municipal seja um embate entre suas correntes, em vez de ser uma disputa local.
A companhia de Datena poderia trazer alguma força à candidatura de Tabata. Datena é um apresentador de televisão de sucesso há mais de 20 anos e sua popularidade é um ativo valioso, pois pode atrair votos de milhões de simpatizantes. Mas confiar no Datena político é apostar no incerto, em alguém que está no 11º partido e na quarta desistência.
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