O "perseguido" em campanha
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, negou à defesa do presidente Jair Bolsonaro acesso à delação do tenente-coronel Mauro Cid no caso do desvio das joias. É uma derrota que serve ao propósito político de Bolsonaro de colocar-se como vítima e perseguido político.
A delação de Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi fundamental para a produção de provas no caso. Gonet escreveu em sua decisão que o que Cid disse ainda é usado na investigação e que os advogados de Bolsonaro poderão ter acesso quando o trabalho da Polícia Federal terminar.
Às vésperas da campanha para as eleições municipais, interessa a Bolsonaro aproveitar palanques e exposição em redes sociais para reforçar a imagem de vítima do Supremo, da Polícia Federal e da PGR. Os seguidores mais ardorosos de Bolsonaro acreditam nisso.
É também um discurso político que favorece a Bolsonaro e o torna menos pesado aos candidatos que apoia. Nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que o Supremo e o presidente Lula gostariam de “facilitar” seu assassinato, em referência ao atentado contra Donald Trump nos Estados Unidos.
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