No limbo da PGR
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve denunciar primeiro os indiciados no caso da "Abin paralela" que tiveram participação ou contribuição com a trama golpista para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder em 2022, de acordo com o que fontes a par da investigação disseram ao Bastidor.
Na semana passada, a Polícia Federal entregou o relatório final da investigação e pediu o indiciamento de 36 pessoas. Até aqui, em todas as investigações ligadas a Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, a PGR deu prioridade aos envolvidos na trama golpista. Os demais foram colocados em uma espécie de limbo.
Contudo, fontes a par da investigação da "Abin paralela" consideram haver indícios de crimes graves que não possuem ligação direta com o golpe. Por isso, afirmam que a PGR deve fatiar o relatório em ao menos outra denúncia.
No processo sobre a trama do golpe, que tramita no Supremo, a PGR estabeleceu quatro elementos necessários para suspeitos serem incluídos na organização criminosa que tramava um golpe de estado: ataque às urnas, divulgação de desinformação, ataque a opositores e interferência nas eleições.
Todos esses quatro elementos estão divididos nas mais de 800 páginas do relatório da "Abin paralela". Agora, cabe à PGR fazer uma avaliação sobre os indícios colhidos e a relação com a trama golpista.
Os indiciados pela PF no inquérito da Abin que não tiveram ligação com a trama aguardarão uma eventual denúncia em um novo processo.
Isso aconteceu em outras investigações. No caso da apuração sobre as blitzes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições 2022, apenas o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e os delegados da PF, Marília Alencar e Fernando de Sousa, foram denunciados pelo núcleo 2 da trama golpista. Os demais indiciados, os delegados federais Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo e Leo Garrido de Sales, aguardam.
O mesmo episódio aparece na investigação sobre as joias sauditas. Parte dos investigados foi denunciada pela PGR no caso do golpe - entre eles, o tenente-coronel Mauro Cid. No entanto, outros envolvidos, como o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, ficaram de fora e aguardam uma avaliação da PGR.
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