Suplente na CPI, Flávio Bolsonaro terá acesso a dados sigilosos
Ao pedir acesso aos documentos sigilosos da CPI da Pandemia, o senador Flávio Bolsonaro, quer acompanhar as investigações sobre os hospitais federais do Rio de Janeiro. Com a saída do senador Ciro Nogueira da comissão para chefiar a Casa Civil, o filho do presidente assumiu uma vaga de suplente.
Wilson Witzel, governador do Rio cujo mandato foi cassado, acusou o filho mais velho de Bolsonaro de ser o responsável por todas as indicações de cargos federais na Saúde no Estado. Ele nega.
O Bastidor informou que, em 2019, o senador Flávio Bolsonaro fez pressão pública para a troca do diretor do Hospital-Geral de Bonsucesso e do Superintendente do Ministério da Saúde no Rio.
Em fevereiro daquele ano, o ministro da Saúde Henrique Mandetta foi ameaçado. À Polícia Federal, o colaborador e amigo do ministro na Saúde, o médico Júlio Leão, disse que as ameaças vieram da milícia.
Os documentos enviados pelos hospitais federais do Rio à CPI da Pandemia são públicos, mas a comissão colheu depoimentos em sigilo e requisitou novas oitivas. Flávio Bolsonaro quer ter acesso a esses dados.
De acordo com senadores da comissão, o filho mais velho do presidente não pode ser impedido de consultar essa documentação porque não é investigado.
A CPI não definiu data para os depoimentos dos três ex-superintendentes do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro: Jonas Roza, George Divério e Marcelo Lambert.
Também terão de falar à CPI o empresário Mário Peixoto, a ex-diretora do Hospital Geral de Bonsucesso e da atual diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Cristiane Jougan, o ex-diretor de Bonsucesso, Paulo Cotrim, e o coordenador administrativo do Hospital de Bonsucesso, Joabe Antônio Oliveira.
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