O choque de realidade em Bolsonaro
No dia em que levou um duro golpe com a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro admitiu a auxiliares a possibilidade de aceitar uma mulher como sua candidata a vice.
Embora semana passada tenha sido obrigado a falar publicamente na ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, o presidente não arredava pé da decisão de ter o general Walter Braga Netto como vice.
Mas, na conversa que teve ontem, 22, Bolsonaro admitiu colocar uma mulher na chapa para atrair o eleitorado feminino, que o rejeita fortemente: 60% das mulheres de renda mais baixa não vota no presidente, enquanto nas de renda mais alta o percentual fica em 56%.
A prisão de Ribeiro tem impacto no discurso negacionista de Bolsonaro de não haver corrupção em seu governo. O impacto pode fazer o presidente ser mais flexível e fazer um aceno a outro setor do eleitorado.
Bolsonaro, porém, em vez de Tereza Cristina, disse a seus aliados preferir o nome de Damares Alves, filiada ao Republicanos e pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal.
A escolha reflete a lógica paranoica de Bolsonaro sobre um eventual impeachment. Filiada ao PP, Tereza Cristina é experiente, com trânsito na centro-direita e na centro-esquerda – já foi filiada ao PSB. Bolsonaro acha que, numa eventual crise, ela poderia se sentir tentada a traí-lo numa eventual crise.
Sobre Damares, o presidente disse duvidar da capacidade de articulação política da ex-ministra de Direitos Humanos para viabilizar seu impeachment.
Vida dura a de Jair Bolsonaro em Alagoas. Nem seu aliado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, cita o presidente da República em sua propaganda eleitoral.
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