O PCC está ao lado
Entre 2012 e setembro deste ano, o capitão da Polícia Militar Diogo Costa Cangerana trabalhou na Casa Militar do governo de São Paulo. Era chefe de uma das equipes que cuidam da segurança de autoridades, inclusive do governador Tarcísio de Freitas. Na terça-feira, Cangerana foi preso pela Polícia Federal na operação Dólar Tai-Pan, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado por meio de fintechs.
Enquanto prestou serviços na Casa Militar, que funciona dentro do Palácio do Bandeirantes, sede do governo paulista, Cangerana viajava com Tarcísio por ser, segundo a própria gestão estadual, “chefe de equipe da divisão de segurança de dignitários do Departamento de Segurança Institucional”.
A operação Dólar Tai-Pan investiga o uso de fintechs para lavar dinheiro do crime organizado, principalmente do Primeiro Comando da Capital, o PCC. Segundo a Pf, as fintechs envolvidas movimentaram cerca de 6 bilhões de reais nos últimos cinco anos. A PF não detalhou quais os crimes atribuídos a Cangerana.
Desde que deixou o cargo na Casa Militar, Cangerana atuava no 13º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da Cracolândia, na região central da capital. Policiais lotados na sede de governo costumam ser indicações de policiais militares paulistas com melhor interlocução com políticos.
Em entrevista nesta quarta-feira (27), o governador Tarcísio de Freitas afirmou que a prisão de Cangerana é um fato isolado e que a saída de Cangerana da Casa Militar foi motivada pela sua chegada ao governo. Não faz sentido, pois Cangerana trabalhou dois anos com Tarcísio.
Outro preso na operação de terça-feira foi o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior. Ele é acusado de ser sócio de uma fintech, a 2 Go Bank, que lava dinheiro para o PCC. A PF afirma que o servidor foi sócio de dois ex-integrantes do Primeiro Comando da Capital: Rafael Maeda, o Japa, e Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta. Ambos foram assassinados.
A PF chegou a Cyllas por meio da delação do empresário Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro. Gritzbach fornecia informações às autoridades sobre como o PCC lava o dinheiro de seus negócios e negocia armas e drogas.
TCDF manda notificar Secretaria da Educação por baixa qualidade da comida nas escolas
Leia MaisAGU anuncia que Lula resolveu recorrer da decisão do Congresso de derrubar aumento de imposto
Leia MaisAneel permitiu que Enel reajuste tarifa em 13,47%, apesar de falhas no fornecimento no ano passado
Leia MaisViagem secreta sob suspeita
PF investiga ida de dois delegados federais da "PF paralela" para São Paulo após a eleição de 2022
Leia MaisDelegados da investigação da Polícia Federal sobre roubo de aposentados são deslocados
Leia MaisPF concede aposentadoria a Alessandro Moretti, delegado indiciado no inquérito da 'Abin paralela'
Leia MaisDesaparecimento de árbitro em meio à disputa entre Guaçu e Areva reverte resultado de julgamento
Leia MaisMinistro anula investigação porque dados financeiros foram pedidos pelo MP diretamente ao órgão
Leia MaisDoleiro Alberto Youssef pede que Toffoli anule as condenações impostas por Sergio Moro na Lava Jato
Leia MaisLaranjas no Pará
PF descobre saques e transações suspeitas em empresas de marido de Elcione Barbalho
Leia MaisAlcolumbre e Motta desistem de ir a audiência no Supremo que criticou distribuição de verbas
Leia MaisTribunal de Contas de PE paralisa processo em que a Ambipar ganhou direito a explorar coleta na ilha
Leia MaisGonet propõe que privilégios só sejam pagos ao Ministério Público após decisão judicial
Leia MaisEduardo Siqueira, de Palmas, é preso em investigação sobre vazamento de informações do STJ
Leia MaisPF faz operação contra deputado e assessor por fraude com emendas em prefeituras do PT na Bahia
Leia Mais