O PCC está ao lado

Redação
Publicada em 27/11/2024 às 16:32
Diogo Cangerana, entre Tarcísio e Nunes, de camisa azul e blaser bege, foi preso, suspeito de envolvimento com lavagem de dinheiro do PCC Foto: Campanha Ricardo Nunes/Divulgação

Entre 2012 e setembro deste ano, o capitão da Polícia Militar Diogo Costa Cangerana trabalhou na Casa Militar do governo de São Paulo. Era chefe de uma das equipes que cuidam da segurança de autoridades, inclusive do governador Tarcísio de Freitas. Na terça-feira, Cangerana foi preso pela Polícia Federal na operação Dólar Tai-Pan, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado por meio de fintechs.

Enquanto prestou serviços na Casa Militar, que funciona dentro do Palácio do Bandeirantes, sede do governo paulista, Cangerana viajava com Tarcísio por ser, segundo a própria gestão estadual, “chefe de equipe da divisão de segurança de dignitários do Departamento de Segurança Institucional”.

A operação Dólar Tai-Pan investiga o uso de fintechs para lavar dinheiro do crime organizado, principalmente do Primeiro Comando da Capital, o PCC. Segundo a Pf, as fintechs envolvidas movimentaram cerca de 6 bilhões de reais nos últimos cinco anos. A PF não detalhou quais os crimes atribuídos a Cangerana.

Desde que deixou o cargo na Casa Militar, Cangerana atuava no 13º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da Cracolândia, na região central da capital. Policiais lotados na sede de governo costumam ser indicações de policiais militares paulistas com melhor interlocução com políticos.

Em entrevista nesta quarta-feira (27), o governador Tarcísio de Freitas afirmou que a prisão de Cangerana é um fato isolado e que a saída de Cangerana da Casa Militar foi motivada pela sua chegada ao governo. Não faz sentido, pois Cangerana trabalhou dois anos com Tarcísio.

Outro preso na operação de terça-feira foi o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior. Ele é acusado de ser sócio de uma fintech, a 2 Go Bank, que lava dinheiro para o PCC. A PF afirma que o servidor foi sócio de dois ex-integrantes do Primeiro Comando da Capital: Rafael Maeda, o Japa, e Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta. Ambos foram assassinados.

A PF chegou a Cyllas por meio da delação do empresário Antonio Vinicius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro. Gritzbach fornecia informações às autoridades sobre como o PCC lava o dinheiro de seus negócios e negocia armas e drogas.

Cartão vermelho

15/05/2025 às 17:53

Justiça do Rio afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF e pede novas eleições

Leia Mais

J&F e Paper anunciam acordo e encerram disputa pela Eldorado Celulose após 8 anos

Leia Mais

MP que cria regras do novo mercado de energia e isenção de tarifa vai atrasar

Leia Mais

Suspeito de ser operador de Andreson de Oliveira Gonçalves é preso por obstrução de justiça

Leia Mais

Flávio Dino aceita explicação da Câmara sobre frase de Sóstenes Cavalcante em relação a emendas

Leia Mais

Primeira Turma do Supremo condena deputada à prisão por invasão do sistema do CNJ

Leia Mais

Justiça da Espanha nega recurso e mantém blogueiro brasileiro livre na Europa

Leia Mais

Disputa entre J&F e Paper Excellence pelo conrole da Eldorado Celulose está perto do fim

Leia Mais

Empresário suspeito de operar com Andreson Gonçalves é alvo da PF com pedido de prisão

Leia Mais

Motta não desiste

14/05/2025 às 13:04

Presidente da Câmara recorre ao plenário do STF para beneficiar Alexandre Ramagem no caso do golpe

Leia Mais
Exclusivo

Os laranjas de Andreson

13/05/2025 às 21:13

A PF avançou nas relações bancárias e fiscais que dão sustentação ao esquema de venda de sentenças

Leia Mais

Um grande se vai

13/05/2025 às 18:35

Morre Pepe Mujica, que foi o melhor dos políticos por fazer o contrário dos outros

Leia Mais

STJ nega pedido de ex-marqueteiro do PT para impedir cobrança de dívida de US$ 1 milhão em cassino

Leia Mais
Exclusivo

A força do esquema

13/05/2025 às 16:00

PF chega a Valdoir Slapak e ao grupo Fource no inquérito que apura comércio de decisões judiciais

Leia Mais

Só para Ramagem

13/05/2025 às 15:48

STF suspende ação contra deputado acusado de golpe apenas por crimes cometidos após a diplomação

Leia Mais