Medo de prisão de Carlos foi decisivo para recuo tático de Bolsonaro

Nonato Viegas
Publicada em 10/09/2021 às 10:28
Foto: Reprodução

O movimento que culminou na publicação da “Declaração à Nação” pelo presidente Jair Bolsonaro na tarde desta quinta-feira, 9 de setembro, envolveu militares, Arthur Lira, Ciro Nogueira e Michel Temer, que, junto com seu marqueteiro Elsinho Mouco, escreveu o primeiro esboço da carta.

No dia anterior, na quarta-feira, ao longo do dia, Bolsonaro ouviu seguidos alertas para o perigoso rumo que o país estava tomando. De militares, ouviu que a paralisação dos caminhoneiros caminhava para o caos social.

O ministro Tarcísio de Freitas, um general da reserva, vocalizou a preocupação dos generais da ativa: “o governo”, leia-se o presidente Jair Bolsonaro, poderia estar levando o país para o anarquismo. Até então, o presidente, como mostrou o Bastidor, estava animado com o movimento dos caminhoneiros.

O recado foi entendido como um limite estabelecido pelas Forças Armadas à sua radicalização.

Na mesma quarta-feira, Arthur Lira fez chegar ao presidente também o seu limite para que não desse início ao processo de impeachment na Câmara: incentivar a paralisação dos caminhoneiros, levando a uma crise de abastecimento e o agravamento dos problemas econômicos.

Depois de tudo, ainda na quarta, Ciro Nogueira, ministro-chefe da Casa Civil, quis saber de Bolsonaro o que ele faria, mantendo-se a toada da tensão, se o Supremo Tribunal Federal autorizasse a prisão de seu filho Carlos.

O zero dois do presidente estava em Brasília, mas não acompanhou o pai nas manifestações nem convocou seus apoiadores para as manifestações. O silêncio, de acordo com amigos da família, se deu por puro receio de ser preso.

Nogueira, então, sugeriu, como modo de evitar seu temor – o presidente acredita que o desejo do ministro Alexandre de Moraes é prender seu filho – distensionar o ambiente, levantando a bandeira branca.

O receito sobre o que poderia ocorrer com seu filho fez Jair Bolsonaro mudar seu comportamento. O presidente ligou, então, para ex-presidente Michel Temer, que o sugeriu uma carta, e o aconselhou a tentar debelar o movimento grevista dos caminhoneiros.

Depois, a história é conhecida.

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