Lula volta a constranger PT
Petistas voltaram a criticar internamente o ex-presidente Lula. Desta vez, por sua declaração ao El País comparando Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, à chanceler alemã Angela Merkel.
Apesar do constrangimento interno no PT, que contou com comentários em grupos de WhatsApp de dirigentes, o partido emitiu nota em apoio a Lula, chamando de fake news a comparação feita pelo ex-presidente, apesar das imagens gravadas com a declaração do petista.
Disse Lula ao jornal espanhol: “Todo político que começa a se achar imprescindível ou insubstituível começa a virar um pequeno ditador. Por isso, eu sou favorável à alternância de poder.”
Em seguida, na mesma resposta, completou: “Posso ser contra [a permanência de um mesmo líder no poder], mas não posso ficar interferindo nas decisões de um povo. Nós temos que defender a autodeterminação dos povos. Por que a Angela Merkel pode ficar 16 anos no poder e o Daniel Ortega não?”
Para parte dos petistas, Lula deveria ter parado na defesa à alternância de poder. "Ele estava bem demais com sua viagem pela Europa, tinha de falar demais", reclamou um aliado.
A Alemanha, ao contrário da Nicarágua, é parlamentarista. Além das limitações inerentes à função, o primeiro-ministro pode deixar a função a qualquer momento. Basta a perda de confiança do Parlamento, num processo mais simples e rápido que um impeachment.
Também Merkel, ao contrário de Ortega, não atuou institucionalmente, porque seu cargo sequer permitia tamanho poder, para perseguir e prender seus adversários políticos, controlando outros poderes, principalmente, a Justiça.
Integrantes de correntes mais moderadas do PT consideram que a Nicarágua está com sua democracia extremamente frágil e que o governo de Daniel Ortega é autoritário, apesar da realização de eleições.
Petistas lembram que Lula resistiu a tentação de tentar um terceiro mandato apesar da popularidade, abrindo espaço para Dilma Rousseff em 2010. “Mas, mais uma vez, perdeu o tato”, reclamou um petista.
Integrantes da legenda também criticam Lula quando ele trouxe o tema “regulação da mídia”, dizendo que havia projeto pronto, quando na verdade nada havia de discussão interna a respeito, menos ainda um “projeto pronto”.
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