Foco no streaming

Redação
Publicada em 21/11/2024 às 17:33
Comcast decide se desfazer da CNBC, cuja marca estreou no último fim de semana no Brasil Foto: Divulgação

O grupo de mídia Comcast, o segundo maior do mundo na TV por assinatura, anunciou que pretende se desfazer de algumas das principais marcas que opera, para investir de forma mais robusta em serviços de streaming. Um dos canais que devem ser desligados da estrutura principal da empresa é a CNBC, cuja marca estreou no Brasil no dia 17.

A operação, chamada de spin-off, cria uma nova empresa, que vai abraçar os canais MSNBC, CNBC, USA, Oxygen, E!, Syfy e Golf Channel. A mudança também vai envolver as plataformas digitais Fandango e Rotten Tomatoes, GolfNow e Sports Engine.

No último ano, essas empresas faturaram, juntas, cerca de 7 bilhões de dólares. O valor ainda é considerado bom para o mercado, mas a Comcast avalia que há pouco potencial de crescimento nos próximos anos.

A mudança era esperada. O mercado especulava qual conglomerado inauguraria o movimento de se desfazer de canais de notícias. Canais na TV a cabo, sobretudo de notícias, estão em declínio: embora ainda dêem lucro, têm custos altos e as perspectivas são de queda de faturamento. É o início da fase mais aguda da transição da TV linear para os serviços de streaming. Os principais conglomerados de mídia global avançam nessa estratégia. Mas a Comcast foi a primeira a formalizar a separação dos ativos de TV a cabo. Não estarão mais no core do negócio.

A mudança ainda não deve afetar as transmissões do canal Times Brasil CNBC, porque a subsidiária brasileira é uma empresa que apenas licenciou a marca e não tem ligações administrativas com os detentores americanos. O modelo é o mesmo da CNN Brasil e da CNN Money.

O objetivo da Comcast com a separação é avaliar se esses canais conseguem se manter sozinhos, sem ajuda financeira do grupo, que detém outras marcas importantes do entretenimento, como os estúdios de cinema Universal, Dreamworks e Illumination, além dos canais e parques temáticos.

Na avaliação da Comcast e do mercado, a mudança também permitiria uma venda mais fácil dessas marcas a outras empresas. Acredita-se que fundos de private equity poderiam se interessar pelos negócios.

O movimento da Comcast é visto como uma importante retomada de investimentos no setor de streaming. Durante a pandemia, as empresas que atuam na internet tiveram um crescimento exponencial. Mas a inflação e o aumento nos custos de produção de novas atrações elevou preços e levou a uma onda de cancelamentos. Houve queda nas ações de muitas dessas empresas e cancelamento de projetos.

O mercado agora espera uma decisão semelhante da Warner Bros Discovery, dona da CNN. Nos Estados Unidos, a CNN perde audiência, receita, influência e talentos em ritmo acelerado. A crise é existencial, apesar de o canal ainda ter uma operação lucrativa. David Zaslav, o CEO da Warner, já indicou que a CNN precisará cortar custos nos próximos meses. A WBD, como é conhecida, tem uma dívida imensa. Zaslav precisa equalizar a dívida e, como seus pares, trata as marcas de jornalismo como ativos comuns, que precisam se viabilizar no ambiente digital e não mais linear.

Em nova ação contra a Lava Jato, Toffoli retira sigilo de caso de gravação de conversas do doleiro

Leia Mais

Era manobra

21/11/2024 às 10:30

Procuradores da PGFN mudam postura e estendem prazo para análise de desconto em dívida da Laginha

Leia Mais

Contra o plano

21/11/2024 às 10:25

Bradesco exige votação que respeite a ordem dos credores na assembleia de credores da Laginha

Leia Mais

O risco Adani

20/11/2024 às 21:26

Procuradores dos EUA avançam criminalmente contra bilionário amigo de Modi após ataque da Hindenburg

Leia Mais

Conselho Nacional de Justiça aposentou desembargadora envolvida em venda de sentenças

Leia Mais

Investigações tentam encontrar laços de militares que queriam matar Lula com o 8 de janeiro

Leia Mais

Militares e um agente da PF presos queriam matar Lula e Alckmin; Moraes também era alvo do grupo

Leia Mais

O mês que marcaria os últimos dias do governo Bolsonaro foi o escolhido para o golpe, segundo a PF

Leia Mais

Operação da PF assusta por mostrar que, sob Bolsonaro, militares podem matar adversários políticos

Leia Mais

Investigação da PF mostra que general próximo a Bolsonaro elaborou plano para matar Lula e Alckmin

Leia Mais

Senacon tenta limitar publicidade de bets, mas falha ao detalhar eventuais punições.

Leia Mais

PF prende um dos seus e quatro militares suspeitos de planejar matar Lula, Alckmin e Moraes em 2022

Leia Mais

Na miúda, Anatel libera operadora a migrar de regime em acordo que custou 17 bilhões de reais

Leia Mais

Cade retira poderes da Paper Excellence para ditar os rumos da Eldorado Celulose, do Grupo J&F.

Leia Mais

Feira dos amigos

18/11/2024 às 13:05

Entidade escolhida sem seleção pública cuidou de organização de evento para 500 mil em Roraima

Leia Mais