Sem uma boa opção

Leandro Loyola
Publicada em 28/07/2024 às 06:00
Na vitória ou na derrota, Maduro será um problema para Lula e o Brasil Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Nenhum resultado da eleição deste domingo (28), na Venezuela, significará sossego para o governo Lula. Após 11 anos no poder e mesmo com fartas opções de fraudes e intimidações à mão, o ditador Nicolás Maduro pode ser derrotado. Se isso acontecer, o risco de um conflito armado é real. Se Maduro vencer, será com base em fraudes e seguirá sendo um peso.

O regime de Maduro é uma ditadura mantida por militares, milícias, crime organizado, benefícios sociais e um judiciário de fachada. Quando falou em “banho de sangue”, durante a semana, Maduro não se referia à oposição, ameaçava os opositores e os eleitores.

O principal desejo do Itamaraty é evitar um conflito armado no país. Seria péssimo para o Brasil estar ao lado de uma ditadura que promove massacres ao perder uma eleição que deveria ser de mentirinha. Uma Venezuela convulsionada pode levar a alguma ação dos Estados Unidos, algo ruim para a liderança do Brasil na América do Sul.

No Brasil, a Venezuela só importa ao pequeno eleitorado de Roraima, que recebe refugiados, e aos bolsonaristas, que a usam em memes para associar Maduro ao presidente Lula. Mas um massacre muda a situação e pode gerar um desgaste interno relevante para o governo Lula, por seu histórico que mistura pragmatismo e leniência com o regime desde os tempos de Hugo Chávez.  

Em caso de vitória de Maduro, Lula terá de continuar a lidar com um colega que abusa de sua paciência, estica a corda e só traz prejuízos. Manter as coisas como estão é ruim, mas a alternativa pode ser pior.

Caso o opositor Edmundo González vença, o governo Lula terá de correr para reconhecer o resultado e cobrar respeito a ele. Num lance inteligente, na semana passada Gonzalez ofereceu uma ampla anistia caso seja eleito, o que pode desarmar aliados de Maduro. Se as coisas correrem em paz, González precisará de Lula, que ajudou a oposição venezuelana ao dar declarações em favor da democracia que irritaram Maduro.

A presença do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em Caracas é um risco. Em caso de vitória de Maduro, sua presença pode parecer apoio. Em caso de vitória de González, ele nada poderá fazer para evitar que o regime de Maduro parta para a violência.

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