A guerra dos cortes
Aliados de Jair Bolsonaro planejam explorar trechos do julgamento do ex-presidente no Supremo nesta semana a fim de vitimizar o líder da oposição e bater no tribunal.
A ideia, segundo um dos estrategistas, é conduzir um julgamento paralelo nas redes. Como a TV Justiça transmitirá o julgamento, bolsonaristas acreditam que sobrará material para subir cortes nas plataformas. O objetivo direto é mobilizar e engajar a base bolsonarista contra um inimigo comum: o Supremo - em especial ele, sempre ele, o ministro Alexandre de Moraes.
O julgamento contra Bolsonaro e alguns de seus principais aliados por tentativa de golpe de estado começa na terça. Na verdade, o que se chama de julgamento neste momento é uma etapa anterior, de análise dos cinco ministros da Primeira Turma sobre o recebimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra os acusados. Se a denúncia for acolhida, eles se tornam réus. Passam a responder criminalmente numa ação penal. Ao final dela, após produção de provas, há o julgamento propriamente dito, com sentenças de condenação ou absolvição. O Supremo quer que tudo isso aconteça ainda neste ano - um cronograma veloz, incomum e, evidentemente, contestado pelas defesas.
Os bolsonaristas apostam que Moraes, relator do caso, pegará pesado nesta semana a ponto de colaborar com a estratégia deles de apontá-lo nas redes como juiz parcial, vingativo e até mesmo cruel. Eles avaliam que foi prejudicial ao Supremo a repercussão da condenação da cabeleireira Débora Rodrigues a 14 anos de prisão pela participação dela nos atos do 8 de janeiro. (Ela pichou com batom a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo, durante o ato golpista; o julgamento dela no plenário virtual ainda está em curso.)
Estrategistas do ex-presidente e da oposição apostam numa guerra de atrito contra o Supremo, com o objetivo político de esvaziar a legitimidade do tribunal perante parte da opinião pública e do Congresso. O julgamento da semana que se inicia é um momento importante, que ajudará a testar a eficácia das armas digitais do bolsonarismo após o protesto fraco em Copacabana.
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