Chá das cinco com doutor Furtado
O juiz Paulo Furtado participou de um evento que teve entre os patrocinadores uma empresa nomeada por ele em três ações de recuperação judicial. Ele nega haver conflito de interesse.
O magistrado é o responsável pela 2ª Vara de Recuperação Judicial e Falência de São Paulo. Lá estão grandes casos, como os dos bancos Santos e Cruzeiro do Sul, além da Odebrecht Engenharia, apresentada na quinta-feira (27).
A empresa chama-se Gatekeeper. Foi nomeada por Furtado como administradora das recuperações judiciais do Grupo Castor (que atua com logística e alimentação), das Confecções Amuage e da Actech Energia e Telecomunicações.
O evento aconteceu na quarta-feira (26), nos bairro dos Jardins, em São Paulo, dentro do projeto #porELAS, organizado pelo Instituto Brasileiro de Insolvência (Ibajud) para incentivar a participação feminina no setor. Uma das palestrantes foi Flávia Botta, sócia da Gatekeeper.
O Ibajud é uma das muitas organizações criadas por profissionais do Direito para discutir temas que afetam o mercado jurídico e aproximar os atores envolvidos em determinado ramo da Justiça - nesse caso, recuperação judicial e falência. É mantida por grandes escritórios de advocacia da área.
Em nota ao Bastidor, Furtado disse inexistir relação de amizade com os participantes e afirmou que não recebeu cachê pela presença. O magistrado também negou que a Gatekeper tenha patrocinado o evento.
Porém, a empresa aparece como patrocinadora no cartão de apresentação do encontro. Veja nas imagens abaixo:
![](https://cdn2.obastidor.com.br/storage/8484/conversions/yKZndW8Bfz2uiI4WHVjAT03hUlm7GT7Td6VnWI2x-admin.jpg)
Leia a íntegra da nota enviada pelo juiz Paulo Furtado:
O evento fazia parte do projeto "#porelas", que incentiva a atuação das mulheres na área de insolvência, o que sempre apoiei. A propósito, o reconhecimento das profissionais do sexo feminino é uma pauta importante no direito empresarial. A título de exemplo, em 2023 e 2024, no Congresso Brasileiro de Direito Comercial, foram homenageadas professoras de Direito Comercial.
A Gatekeeper não aparecia no convite como patrocinadora do evento. Trata-se de uma administradora judicial que atua em apenas 3 processos, sendo uma recuperação judicial de médio porte. Não há relação de amizade nem conflito de interesse. Não houve pagamento de cachê, mas uma singela recepção oferecida após ao evento aos participantes e a alguns convidados.
Paulo Furtado
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