Busca e apreensão na Ferbasa

Brenno Grillo
Publicada em 30/04/2024 às 11:07
Briga pela Ferbasa ganha mais um capítulo, agora com busca e apreensão. Foto: Reprodução/YouTube

A Justiça da Bahia obrigou a Ferbasa e a Fundação José Carvalho a fornecerem documentos solicitados por José Eduardo Cabral de Carvalho, filho do antigo dono da Companhia de Ferro Ligas da Bahia, que dá o nome da instituição sem fins lucrativos. A decisão foi tomada nesta terça-feira (30), dia de assembleia geral da companhia.

A busca e apreensão dos documentos é iminente. Será feita por oficiais de Justiça. O juiz do caso autorizou força policial, se a companhia enrolar - em tentativa anterior, a Ferbasa não colaborou como exigido por decisão judicial. A Justiça também determinou que o Ministério Público da Bahia, a quem cabe fiscalizar a Fundação ligada à Ferbasa, entregue todos os documentos fornecidos pela entidade.

O caso chegou ao Judiciário porque José Eduardo argumenta que o pai conduziu manobras financeiras ilegais que afetaram sua herança. O Bastidormostrou que o antigo dono é acusado de transferir ações da empresa de capital aberto à fundação e de fazer gastos pessoais desproporcionais que chegavam a 50 milhões de reais por ano.

Segundo José Eduardo, a confusão patrimonial foi acompanhada de fraudes contábeis. O argumento é usado pelo filho para anular a criação da fundação que leva o nome de seu pai. Se conseguir, devolverá as doações ao espólio do pai. Os documentos pedidos comprovariam as fraudes.

A decisão foi proferida após idas e vindas do Judiciário baiano. A medida quase foi suspensa pelo desembargador Manoel Bahia, amigo do advogado Marcelo Zarif, representante da Ferbasa. Mas o desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia declarou-se impedido no caso após sua relação com Zarif ser exposta pelo Bastidor.

Buraco fundo

Existem outros imbróglios envolvendo o dinheiro de Carvalho. O presidente do conselho de Administração da Ferbasa, Sergio Dória, comprou, em 1999, uma fazenda que pertencia à Ferbasa até 1997. À época, Dória era diretor comercial da empresa .

O executivo comprou o imóvel por 42 mil reais, um preço muito menor do que a empresa havia desembolsado quando adquiriu a propriedade (R$ 972 mil em valores atualizados; 163 milhões de cruzeiros em 1984, ano da compra pela Ferbasa). A fazenda São Jorge, localizada em Catú, cidade da região metropolitana da Salvador, equivale a 60 mil campos de futebol. Atualmente, um hectare na região vale 50 mil reais.

ainda a questão das contas secretas mantidas pela Ferbasa na Suíça. De acordo com o ex-diretor da Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa) Ernani Pettinati, foram feitos pagamentos propositais de comissões em duplicidade a firmas fantasma no exterior.

O ex-funcionário acusa Sérgio Dória de saber de todos os fatos. O caso foi parar na Justiça, mas houve arquivamento por conta de acordo entre a empresa e o ex-diretor.

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