Witzel prepara artilharia contra relator do caso dele no STJ
Caso de fato decida falar, como ameaça e noticiamos, o governador afastado do Rio, Wilson Witzel, tem um primeiro alvo: Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de Justiça e relator na corte da investigação da PGR contra ele.
Witzel narrou a três pessoas próximas, em ocasiões distintas, que a advogada Santina Gonçalves, mulher do ministro Benedito, pediu favores a ele já como governador. Os favores incluíram, segundo a narrativa de Witzel, a nomeação de advogados na estrutura do governo.
De acordo com o relato do governador afastado, o intermediário dos pedidos de Santina era o advogado Antônio Vanderler de Lima, amigo dele.
Vanderler era um dos principais conselheiros do governo Witzel. Foi dele, segundo o mesmo relato do governador afastado, a iniciativa de manter, apesar de pareceres técnicos contrários, o dinheiro do estado fluindo para o Instituto Unir, acusado por procuradores de desvios na gestão da Saúde.
O filho de Vanderler é advogado do Instituto Unir e, também, da Oi. Santina, assim como o filho de Vanderler, é advogada da Oi.
Witzel cogitou usar esse relato para pedir a suspeição do ministro Benedito. Mas optou por não comprar briga com o STJ.
Agora, isolado e sem poder, desabafou a amigos: "Se eu cair, não será em silêncio".