O amadorismo da fraude do Cactvs com a Elo

O Bastidor teve acesso à notícia-crime encaminhada pelo Banco do Brasil ao Ministério Público de São Paulo contra os donos do banco Cactvs, Fernando Passos e Kelvia Fernandes Passos, suspeitos de fraudar uma carta de fiança para conseguirem um contrato com a operadora de cartões Elo. O documento demonstra um amadorismo impressionante dos empresários.

Para fechar o contrato com a Elo, o Cactvs precisava anexar a carta de fiança do BB. Um gerente emitiu um documento diferente para os banqueiros, que atestava o registro do Cactvs no sistema Pix e era assinado eletronicamente.

A Elo disse aos empresários que o documento estava errado e que não conseguiu validar a assinatura do gerente. Pediu ao Cactvs para encaminhar o documento correto, com uma assinatura física, reconhecida em cartório.

O Banco do Brasil diz que o casal foi ao gerente, que emitiu um novo documento a respeito do Pix, mas sem dar a fiança que o Cactvs precisava.

No dia 3 de maio de 2021, a Elo encaminhou ao Banco do Brasil uma cópia de uma carta de fiança assinada pelo tal gerente. A instituição estatal estranhou e começou a investigar. 

O BB diz que a diretora do Departamento Jurídico do Cactvs pegou a última página do documento assinado pelo gerente e anexou a uma carta de fiança que ela mesma produziu. Depois, levou o documento para ser registrado em cartório e o entregou à Elo.

O caso está sob investigação, na 2ª Delegacia de Polícia de Barueri. O casal e a advogada respondem por falsificação de documento e uso de documento falso. Como o contrato com a Elo não foi firmado, eles se livraram, por enquanto, da suspeita de estelionato. Os representantes do banco Cactvs não se manifestaram sobre as suspeitas.

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