A Petrobras não é nossa

Diego Escosteguy
Publicada em 16/05/2022 às 06:00
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Mal completou um mês à frente da Petrobras, José Mauro Coelho está sob caça política em Brasília. Terá que escapar ligeiro de seus predadores para permanecer na Presidência da empresa.

Politicamente, Coelho é um problema menor. O problema - novamente, em termos políticos e eleitorais - é a Petrobras. O presidente Jair Bolsonaro disse e reiterou a aliados que a política de preços da empresa terá que mudar - tanto faz se com ou sem Coelho. Os chefes do centrão concordam.

A possível saída de Coelho da Presidência da Petrobras passa por esse cálculo político. Sabe-se que ele ou, talvez, qualquer um não tem condições nem tamanho para operar mudanças radicais no modelo de negócios da Petrobras - mudanças que, em verdade, ninguém sabe ainda se são exequíveis, independentemente do mérito delas.

Ademais, o indicado do ex-ministro Bento Albuquerque não goza da menor simpatia junto ao presidente, ao Planalto e a Paulo Guedes. É chamado por muitos de "petista", em virtude dos cargos que ocupou no governo Dilma Rousseff.

Para se reeleger, Bolsonaro precisa impedir a escalada de preços dos combustíveis. Coelho, na avaliação dos estrategistas do Planalto e de aliados no Congresso, será mais um a ser sacrificado na batalha de Bolsonaro contra a Petrobras.

O presidente determinou a Guedes que encontre uma maneira "técnica" de modificar a política de paridade de preços da Petrobras. A mudança teria que passar pelo conselho da empresa - e, para passar pelo conselho, provavelmente será necessário trocar conselheiros. "É para já", ordenou Bolsonaro. Para aumentar a pressão, o presidente já falou publicamente sobre o assunto.

As ações técnicas e as possíveis mudanças de nomes para conduzi-las serão combustível para a carreta eleitoral da reeleição. O presidente insistirá cada vez mais que está fazendo o possível e o impossível para reduzir os preços na bomba.

Caso as medidas políticas dêem errado, Bolsonaro passará a dizer que a Petrobras se comporta como inimiga do povo e que, portanto, precisa ser privatizada.

"Não vamos perder em outubro por causa dos babacas da Petrobras", disse Bolsonaro a pessoas próximas na última semana.

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