Respeitem minha autoridade
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou a suspensão da nova política de privacidade da Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. As diretrizes da empresa, que entraram em vigor no dia 16 de junho, passaram a liberar o uso de informações pessoais dos usuários para alimentar o sistema de inteligência artificial produzido pela companhia de Mark Zuckerberg.
Ao usar os aplicativos, os usuários aceitam os novos termos – algo que quase ninguém lê, seja por falta de costume ou mesmo desconhecimento da importância de tais cláusulas. Segundo a Meta, a coleta de informações pode até ser desativada, mas o processo é bastante complicado para os usuários comuns.
Uma das razões para a ANPD tentar impedir o uso da nova política da Meta é porque a empresa não deixa claro aos usuários como e quais informações serão usadas para abastecer a ferramenta de inteligência artificial da empresa, tampouco explica qual será a aplicação específica de tais conhecimentos.
Segundo a ANPD, somente o Facebook possui 102 milhões de usuários brasileiros registrados. A mudança da política atinge todos eles e também as pessoas que utilizam o Instagram e o Messenger fornecidos pela Meta. O WhatsApp, principal meio de troca de mensagens hoje no país, não está sujeito às novas regras da empresa.
A medida da ANPD foi tomada em caráter preventivo. Depois de ser notificada, a Meta terá cinco dias úteis para se defender perante a autarquia. Em caso de descumprimento, a empresa poderá pagar multa diária de até 50 mil reais.
A ANPD é um órgão que foi criado a partir da nova Lei Geral de Proteção de Dados e tem como objetivo regular o uso das informações pessoais dos usuários de serviços não só na internet, mas em outras formas de relações comerciais. O órgão é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, embora tenha autonomia funcional. A medida preventiva contra a Meta é, até agora, a ação mais incisiva da autoridade no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais nas redes sociais.
Leia a íntegra do despacho publicado nesta terça-feira, no Diário Oficial da União:
Ministro Jorge Oliveira, do TCU, contraria técnicos e toma decisões favoráveis a grandes empresas.
Leia MaisDepois de livrar Joesley e Mantega, TCU exime de culpa quadros do BNDES envolvidos com JBS.
Leia MaisHumberto Martins suspende ações contra rescisões sem motivo de contratos por convênios médicos
Leia MaisJuiz Paulo Furtado é sacado de materiais de agradecimento de evento em que ele era estrela principal
Leia MaisGoverno do Mato Grosso vende trens do VLT de Cuiabá para a Bahia instalar em Salvador
Leia MaisMcDonald's é condenado a apresentar comprovante de pagamento de reajuste salarial de funcionários
Leia MaisAGU de Lula vai ao STJ contra a paralisação de servidores do Ibama e do ICMBio
Leia MaisLivro com a versão de Augusto Aras sobre sua gestão na PGR é alvo de piadas no Ministério Público
Leia MaisTCU julga acordo entre Oi e Anatel que pode causar prejuízo bilionário e beneficiar dono do BTG.
Leia MaisGovernadores alegam que a União é mais amigável ao renegociar com empresas privadas
Leia MaisMinistros boicotam presidente do STJ no processo para escolha de dois novos colegas
Leia MaisA disputa na capital paulista é vista por aliados do ex-presidente como um laboratório para 2026.
Leia MaisEntrevistas aumentam popularidade de Lula, mas fazem o real se desvalorizar e custam ao governo
Leia MaisEmpresa e suas parceiras sofreram três derrotas na Justiça em 30 dias. Uma no STJ e duas no TJSP.
Leia MaisCasa do Pão de Queijo pede recuperação judicial por dívida de 57,5 milhões de reais.
Leia Mais