Presbiterianos liberam esquerdistas nos cultos
O Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) rejeitou o relatório produzido pelo reverendo Osni Ferreira, que previa punições a membros da entidade que se identificassem politicamente com a esquerda. Apesar disso, o grupo religioso decidiu reafirmar o posicionamento contra o que chama de "comunismo ateu e materialista".
A discussão sobre o relatório no Supremo Concílio ocorreu na sexta-feira (29). O Bastidor mostrou que o documento original rechaçava o pensamento de esquerda, colocando-o como um mal a ser combatido pelos fiéis. O autor, Osni Ferreira, é líder de uma das filiais da IPB, em Londrina, no norte do Paraná. Um vídeo dele defendendo a candidatura de Jair Bolsonaro foi o estopim para uma guerra interna na entidade religiosa.
Em vez de aprovarem o documento produzido pelo reverendo de Londrina, o grupo decidiu aprovar um substitutivo. Na nova versão, a igreja se exime de orientar fiéis a respeito do posicionamento político que devem adotar na vida privada.
Sem citar nomes, os líderes da IPB também deixaram um puxão de orelhas em Ferreira e em outros pastores que utilizem o espaço religioso para se manifestarem politicamente. Determinaram que cada ministro "precisa conservar-se neutro numa questão em que os membros da Igreja estão divididos".
Por outro lado, o Supremo Concílio decidiu revogar uma resolução interna de 1994, que proibia pastores de participarem de partidos políticos e de se candidatarem. A partir de agora, eles podem participar das eleições, mas devem pedir licença dos presbitérios que comandam.
Por fim, a entidade resolveu não criar um grupo de estudos para analisar partidos políticos, já que considera que esse não é o papel da igreja, mas determinou que sejam criados colegiados permanentes para analisar questões referentes ao pós-modernismo, darwinismo, psicologismo e pós-estruturalismo.
Leia a íntegra do documento, a que o Bastidor teve acesso com exclusividade
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