O faz-tudo está preso
Conhecido como o faz-tudo de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid foi preso na manhã desta quarta-feira (3) numa operação da Polícia Federal que apura a inclusão de dados falsos na carteirinha de vacinação de gente ligada ao ex-presidente.
A operação ocorre no âmbito do inquérito das milícias digitais no Supremo Tribunal Federal e teve a colaboração da Controladoria-Geral da União, que investiga eventuais fraudes em carteiras de vacinação após Bolsonaro ter alegado que seus dados estavam alterados.
No início do ano, o leitor lembra, o ministro Vinícius de Carvalho (Controladoria-Geral da União) dissera à CNN Brasil que o ex-presidente, sim, havia se vacinado. O ex-presidente negou, alegando que o documento havia sido adulterado por um “inimigo” para prejudicá-lo.
Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Cesar Lorena Cid são velhos conhecidos de Jair Bolsonaro. O pai do ex-ajudante de ordens entrou para reserva em 2019 para assumir um cargo de confiança como chefe do escritório em Miami da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Um dos mais bem pagos do órgão.
A promoção do pai do tenente-coronel ocorreu justamente a mando de Bolsonaro, de quem foi colega durante o curso de formação de oficiais.
Sua prisão hoje, porém, não é o único problema de Mauro Cid com a PF. Ele foi indiciado no ano passado por transferir documentos sigilosos, inclusive com dados e informações sobre investigados na invasão hacker ao Tribunal Superior Eleitoral, sabendo se tratar de crime.
O mesmo Mauro Cid foi o responsável por coletas os dados falsos sobre fraude nas urnas apresentados pelo ex-presidente, no exercício do cargo, a embaixadores em Brasília. A vergonha imposta ao Brasil é investigada pelo TSE.
Também iria depor hoje sobre o caso das joias sauditas trazidas por uma comitiva ministerial do governo de Jair Bolsonaro.
Cid se envolveu ainda numa pendenga de Lula com o ex-comandante do Exército general Júlio César de Arruda, que acabou demitido. Ele decidiu promover o faz-tudo de Bolsonaro para o Comando de Operações Especiais de Goiânia, um grupamento sensível, que é utilizado normalmente em momentos de crise. Lula considerou a nomeação uma faca no pescoço.
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