Bolsonaro blinda assessor indiciado pela PF
Único indiciado no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas por Jair Bolsonaro e pelo deputado Filipe Barros, o chefe dos ajudantes de ordem Mauro Cesar Barbosa Cid vai permanecer no cargo, de acordo com auxiliares do presidente.
Cid é tenente-coronel, uma patente da classe de oficiais superiores do Exército, e tem a confiança de Bolsonaro. Seu pai, o general Lorena Cid, exerce um cargo de confiança como chefe do escritório em Miami da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
O comando da Apex é disputada desde a sua criação, no governo Lula. Abriga cerca de duzentos funcionários e uma folha salarial de 115 milhões de reais anuais.
Os cargos mais bem remunerados estão nos escritórios dos Estado Unidos (São Francisco e Miami, o do pai do chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro), China (Pequim e Xangai), União Europeia (Bruxelas), Rússia (Moscou) e Colômbia (Bogotá).
A promoção de Cid pai foi uma determinação do próprio presidente.
Eles se conheceram na Academia Militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. Cid pai dirigiu o Departamento de Educação do Exército, passando à reserva como general em 2019 justamente para assumir o escritório da Apex nos Estados Unidos.
Cid filho é especialista em Oriente Médio e doutor pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Mas, de acordo com a Polícia Federal, nada de seu vasto conhecimento da estratégica região foi usado.
De acordo com a PF, Cid transferiu documentos sigilosos, inclusive com dados e informações sobre investigados na invasão hacker ao Tribunal Superior Eleitoral, sabendo se tratar de crime.
O receptor das informações sob sigilo foi seu irmão, Daniel Cid, responsável por publicar num site e uma rede social cujo servidor é baseado no exterior.
Segundo auxiliares do presidente, a forte relação familiar entre os Cid e Bolsonaro é o que garante a permanência do ajudante de ordens na função, apesar do indiciamento da Polícia Federal.
Para a PF, mais do que saber que cometia um crime, Cid organizou a documentação para que Bolsonaro pudesse transmiti-la na live.
A investigação descobriu que o tenente-coronel acessou os documentos em sua nuvem pessoal horas antes da transmissão pela internet, ao contrário do que ele afirmou em depoimento aos investigadores. Cid disse só ter visto a documentação durante a live.
Governo volta a colocar Alexandre Padilha no centro do controle das emendas parlamentares
Leia MaisDefesa de Bolsonaro é apenas uma justificativa para ato de pré-campanha eleitoral
Leia MaisCCJ do Senado aprovou projeto que reintegra o quinquênio aos salários do Judiciário.
Leia MaisSalomão retirou Moro do procedimento que suspendeu a atuação de quatro magistrados federais.
Leia MaisMP no CNJ e defesa de magistrados alegam não haver razão para corregedoria processar quarteto.
Leia MaisSenador atende ao governo e adia sessão do Congresso que vai analisar vetos de Lula
Leia MaisApós demitir primo do presidente da Câmara, governo recorre ao deputado para escolher substituto.
Leia MaisNísia Trindade volta ao Congresso e ouve críticas diretas sobre a falta de repasses na Saúde.
Leia MaisDecisão de diretor-geral da ANM, que aumentou beneficiários do CFEM, é derrubada por colegas
Leia MaisSalomão truca Barroso no plenário do CNJ.
Leia MaisDecisões de Salomão para afastar juízes do TRF4 não explicam direito razões para tirá-los dos cargos
Leia MaisCorregedor Nacional de Justiça afasta, sozinho e sem PAD, quatro juízes que atuaram na Lava Jato.
Leia MaisAGU discorda de resolução do governo do Pará que delega às cidades a competência para licenciamento
Leia MaisPresidente do Senado não pretende pautar possível derrubada do veto de Lula no PL das Saidinhas.
Leia MaisCarga suspeita
Diretor da ANM e superintendente podem responder por aval à exportação de manganês sem origem legal.
Leia Mais