O encolhimento do Exército

Samuel Nunes
Publicada em 23/01/2024 às 14:40
Política de redução do Exército tem sido levada à frente, apesar da escalada violenta no continente Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Em meio às tensões regionais provocadas pela Venezuela contra a Guiana, o aumento da violência no Equador e no Peru e a dificuldade de se manter o controle das fronteiras diante do aumento do narcotráfico e da exploração ilegal de minérios, o governo brasileiro segue adiante com a política de reduzir gradativamente o tamanho do Exército.

Um levantamento feito pelo Bastidor, com base em decretos presidenciais desde 2015, mostra que o efetivo do Exército perdeu 16.527 homens nesse período. O último ato desse encolhimento lento e silencioso se deu na quinta-feira (18), por ordem de Luiz Inácio Lula da Silva, ao determinar o número de militares na ativa em tempos de paz para o ano de 2024.

Em novembro de 2015, meses antes de sair do cargo, Dilma Rousseff havia determinado que o Exército teria, ao todo, 228.474 homens na ativa. Esse número é a somatória de todos os postos, desde soldados até generais. Naquele ano, o país contava com:

  • 152 generais;
  • 29.866 oficiais de carreira;
  • 8.835 oficiais temporários;
  • 51.096 subtenentes e sargentos;
  • 138.525 cabos e soldados.

Desde então, os números foram caindo ano a ano, salvo no começo do governo de Jair Bolsonaro, quando o então presidente chegou a aumentar levemente o número de militares na ativa. Em maio de 2020, ele determinou que o Exército deveria ter um total de 222.755 pessoas trabalhando, mas esse número caiu, em dezembro do mesmo ano, para 216.200.

A tendência de queda no número de militares no Exército, desde então, permaneceu constante. O decreto de Lula, do dia 18 deste mês, determinou um total de 212.217 homens na ativa.

A queda é silenciosa porque, salvo no período de Bolsonaro, os decretos presidenciais apresentam variações pequenas, de apenas algumas centenas de militares. Assim, só é possível observar o tamanho da redução com clareza quando se observam os dados a longo prazo. Para se ter ideia, o ex-presidente deixou o cargo com um total de 213.217 militares trabalhando no Exército. Lula reduziu o tamanho da força em apenas 1 mil homens.

Embora esse enxugamento do Exército esteja acontecendo, o mesmo não é observado na Marinha e na Aeronáutica. Nas outras duas forças, bem menores do que o Exército, os números de militares na ativa se mantêm relativamente constantes.

Procurado, o Ministério da Defesa não quis se pronunciar. Segundo o Exército, os postos fechado não devem ser recriados no futuro. A instituição informou que, de 2020 até o ano passado, a economia com o fechamento das vagas chegou a 1,3 bilhão de reais.

Ainda de acordo com o Exército, a escolha de quais vagas serão abertas ou fechadas depende da disponibilidade anual dos militares. São levados em conta as promoções e as baixas por morte, demissões e remoções para a reserva.

Nota da redação: esta reportagem foi atualizada no dia 24 de janeiro, às 18h, para incluir o posicionamento do Exército.

STJ autoriza estatal a buscar indenização por danos morais de empresas e operadores do petrolão

Leia Mais

Fofoca liberada

11/03/2025 às 17:20

Alexandre de Moraes autoriza Valdemar da Costa Neto a voltar a conversar com Jair Bolsonaro

Leia Mais

STF decide que Loterj só pode autorizar casas de apostas que atuem nos limites do Rio de Janeiro

Leia Mais

PGR pede revisão da decisão de Dias Toffoli, que anulou processos da Lava-Jato contra ex-ministro

Leia Mais

Sem asas para voar

11/03/2025 às 10:53

Anac suspende voos da Voepass por falhas na segurança e exige correções para retomar operações

Leia Mais

TJ-SP permite que controladora da massa falida da Tinto continue com processo nos EUA

Leia Mais

Mais uma semana

10/03/2025 às 11:14

Comissão de Orçamento adia votação relatório do senador Ângelo Coronel para o dia 19

Leia Mais

No Dia da Mulher, Lula indica ao STM Veronica Sterman, advogada da ex-presidente do PT

Leia Mais
Exclusivo

Vai de BTG

07/03/2025 às 20:47

Juiz Paulo Furtado aceita segunda versão do plano de recuperação judicial da Odebrecht Engenharia

Leia Mais

Câmara avalia propostas para redistribuir número de deputados ou aumentar cadeiras na casa.

Leia Mais

TRF1 devolve validade à decisão do Cade que obrigou Apple a permitir diferentes meios de pagamento.

Leia Mais

Bolsonaro nega tentativa de golpe, pede julgamento em plenário e quer testemunho de Tarcísio

Leia Mais

ONG denuncia Brasil à OEA por desmonte das políticas de combate à corrupção e cita Toffoli

Leia Mais

Pix mais seguro

06/03/2025 às 16:19

Banco Central muda regras para que bancos excluam chaves de usuários com restrições na Receita.

Leia Mais

Moraes arquiva ação contra o governador do Distrito Federal pelo 8 de janeiro

Leia Mais