O efeito Milei
Integrantes do governo Lula ligados à política internacional vislumbram riscos e oportunidades para a Argentina de Javier Milei com potencial impacto no Brasil na política e economia a partir das negociações do acordo Mercosul/União Europeia e da disputa eleitoral nos Estados Unidos no ano que vem.
Milei já disse que os EUA serão elevados a parceiros estratégicos da Argentina. Tanto que ele tentará ir ao país antes de sua posse, no dia 10 de dezembro. Hoje, Brasil e China são os principais parceiros comerciais dos argentinos.
Milei conta com a vitória de Donald Trump para a Casa Branca em 2024.
Conta porque Trump é da extrema-direita, normalmente unida em nível internacional, e porque é do Partido Republicano. Os presidentes republicanos historicamente tendem a olhar para a América Latina como área de influência e, normalmente, colocam mais dinheiro na região.
Com isso, Milei acredita garantir que ao menos parte de suas promessas surtam efeito positivo para a economia argentina. Vencendo, acredita o governo Lula, realmente Trump teria prioridades ideológicas para garantir a manutenção da direita na América do Sul —além da Argentina, a lista inclui Uruguai, Paraguai e Equador.
Em contrapartida, a ameaça de Milei de deixar o Mercosul e atrapalhar o acordo de livre comércio entre o grupo e a União Europeia também deu urgência às negociações.
Lula não apenas tratou da questão com a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, como prometeram uma nova reunião a respeito, incluindo aí a Espanha, que preside a União Europeia, para se falaram durante a COP28, em Dubai, Emirados Árabes no fim de novembro.
A ironia, diz uma fonte do Palácio do Planalto ao Bastidor, é que o acordo travado por 20 anos e, novamente, travado depois da política ambiental irresponsável de Jair Bolsonaro, poderá deslanchar por conta do medo de Milei.
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