O dia em que Jair Bolsonaro deu um pito em Lira e Ciro Nogueira

Nonato Viegas
Publicada em 04/11/2021 às 17:21
Foto: Agif/Folhapress

A decisão de Arthur Lira de pautar a PEC dos Precatórios nesta quarta-feira, 3 de novembro, contra todas as advertências para o risco de uma derrota por falta de quórum, teve a ver com uma reprimenda passada pelo presidente Jair Bolsonaro nele e no ministro Ciro Nogueira (Casa Civil).

De acordo com fontes do Palácio do Planalto, o presidente chegou irritado de sua viagem à Itália e distribuiu pitos entre os aliados pelo que chamou de traição por parte do chefe da Casa Civil, do presidente da Câmara e de aliados, como Ricardo Barros, líder do governo, e Valdemar Costa Neto, dono do PL.

Bolsonaro, disse a fonte, afirmou que entregou tudo o que lhe foi pedido. E, disse, o que não entregue é porque há divergências dentro da própria base. O presidente citou cargos, listou obras inauguradas e até declarações de apoio, como as que fez recentemente com Ciro Nogueira, no Piauí, e Arthur Lira, em Alagoas.

O presidente reclamou até das liberações que determinara fazer para as emendas RP9, alvo de críticas de seus apoiadores. De acordo com fontes, Bolsonaro foi bem contundente ao dizer que não queria mais ouvir sobre qualquer dificuldade de se resolver o problema dos precatórios, que, na sua visão, era dele mas também dos deputados.

O presidente, referindo-se às emendas do relator e falando com Lira, foi claro: com ou sem a PEC dos Precatórios o Auxílio Brasil vai sair, porque nem a oposição rejeita o programa. Já a permanência das RP9, com distribuição de bilhões de reais para projetos dos deputados, teria de sair necessariamente a partir da resolução da PEC.

O resultado da bronca foi o trabalho.

Lira repassou o pito em seus aliados, a quem ameaçou fechar a torneira das emendas. Ciro Nogueira cobrou de lideranças partidárias e pediu que orientassem a seus filiados. Ricardo Barros dedicou-se ao trabalho de ouvir individualmente os interesses dos deputados em complemento ao trabalho de Lira. Até presidentes de partidos, como Valdemar Costa Neto, conforme informou o Bastidor ontem, 3, entrou em campo.

O resultado é conhecido: a aprovação, ainda que raspando, da PEC dos Precatórios.

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