O começo é ruim
Há algo errado quando o presidente da República pede votos a um pré-candidato a prefeito antes do período permitido, em desrespeito à lei eleitoral. O caso em si é simples, é muito provável que haja uma cobrança de multa pela Justiça Eleitoral pela irregularidade cometida pelo presidente Lula no evento do 1º de maio. Esta parte formal é a menos importante. As consequências políticas são mais relevantes.
O pedido de votos de Lula para Guilherme Boulos, pré-candidato do Psol à prefeitura de São Paulo, abre um precedente para uma corrida em que o desrespeito à lei é o ponto de partida. O ex-presidente Jair Bolsonaro pode fazer o mesmo, em benefício de alguns dos candidatos que apoiar.
É o que acontece em um ambiente de polarização calcificada, como o que existe no Brasil hoje: os parâmetros deixam de ser os da lei ou da razoabilidade e passam a ser os da competitividade. A Justiça Eleitoral deverá ter mais trabalho que o normal. Além de indicar uma disputa mais agressiva, a atitude de Lula já despertou nas redes sociais a ação bolsonarista de desacreditar a lisura do Tribunal Superior Eleitoral, algo sempre negativo para a democracia.
Lula e Bolsonaro têm interesse em polarizar a eleição. Lula acredita que atacar o bolsonarismo é o modo mais fácil para eleger prefeitos e vereadores. Bolsonaro sabe que o antipetismo é sua maior fonte de votos e onde angaria apoio para o que virá de ruim da Justiça pelos crimes dos quais é suspeito.
Ao dizer que Boulos é seu candidato e pedir votos, Lula jogou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, para o campo bolsonarista. Há cálculo político nisso. Nunes vem tentando ter o apoio bolsonarista, sem parecer bolsonarista; agora precisará assumir um lado e carregar a parte negativa dele. Lula empurrou Nunes para dentro da polarização que lhe agrada.
Sua atitude, no entanto, pode abrir espaço para uma série de desrespeitos à lei eleitoral na campanha que só começa no final de junho.
Julgamento foi suspenso a pedido de Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal.
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