O articulador da nova trincheira do Planalto
Deve-se ao ministro Fábio Faria a articulação para tentar neutralizar o flanco do governo no Senado e unir irrevogavelmente parte do PP ao projeto de reeleição de Jair Bolsonaro.
O movimento inclui a ida do senador Ciro Nogueira, presidente do PP, ou Progressistas, como alguns preferem, para a chefia da Casa Civil. Caso confirmada, a nomeação de Ciro consagra a relação de interdependência política entre Bolsonaro e o principal partido do centrão.
A articulação é, antes de tudo, defensiva: Planalto e Ciro, que representa parte expressiva do PP, unem-se para combater os ataques da CPI da Pandemia e o avançar das investigações sobre corrupção no Ministério da Saúde.
Ciro está no centro das suspeitas acerca dos contratos da VTCLog, distribuidora de cargas, com a pasta. O grupo operacional do senador será alvo, em maior ou menor grau, das investigações no Senado, na PF e no Ministério Público.
Aquartelado no Planalto, Ciro dividirá a trincheira privilegiada de Bolsonaro, num momento em que o aparato de investigação de autoridades com foro está enfraquecido pela presença de homens leais ao presidente. Não controlará a Casa Civil nem nomeará quem quiser, como alguns imaginam.
A sala de guerra no Planalto facilitará, em tese, o contra-ataque das forças do governo e de parte das forças do centrão. O objetivo será destruir a CPI da Pandemia e impedir que a miríade de suspeitas cause mais estragos a todos.
O movimento de sobrevivência política sobrepõe-se às negociações de 2022. As eleições do ano que vem são fundamentais e integram os cálculos de ambas as partes. A urgência da crise, porém, é o motor da aliança.
Cabe ressaltar que o PP é uma federação de grupos, que convivem em harmonia na maior parte do tempo. Arthur Lira, presidente da Câmara, e Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, conciliam seus interesses com os de Ciro Nogueira.
Para fechar o contrato de 2022 com todos os grupos do PP, Bolsonaro ainda precisa negociar bastante com Lira e seus aliados.
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