Maçons, satanistas e PCC

As campanhas para associar Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva a temas que nada têm a ver com propostas ou comparações entre os dois candidatos à Presidência surte efeito no Google. Segundo a ferramenta de buscas, nos últimos 7 dias, temas ligados à maçonaria, satanismo e ao PCC estão em alta nas pesquisas sobre os dois políticos.

Dados do Google Trends mostram que houve um aumento repentino nas buscas que relacionam Lula ao traficante Marcola, líder do PCC. Na véspera do primeiro turno, o site O Antagonista publicou uma reportagem em que o criminoso teria dito que o petista seria uma escolha melhor na comparação com Bolsonaro. A reportagem foi censurada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral.

Outra palavra associada às pesquisas sobre Lula é "satanista". Nos últimos dias, vários conteúdos ligando o petista a cultos satânicos se espalharam pela internet. No entanto, Lula é cristão. O PT chegou a divulgar nota oficial para desmentir as informações, que foram compartilhadas até por Carlos Bolsonaro, no Telegram.

Já sobre Bolsonaro, os termos que mais têm sido associados ao presidente na última semana são ligados à maçonaria. Em resposta aos ataques sobre satanismo, petistas passaram a divulgar imagens do candidato à reeleição em sessões de lojas maçônicas.

A maçonaria é alvo de um antigo preconceito de parte dos cristãos por usar símbolos místicos.