Grupo ideológico foi contra Paes de Andrade na Petrobras
Caio Mario Paes de Andrade, indicado ontem (segunda-feira) para a presidência da Petrobras, chegou como sugestão ao presidente Jair Bolsonaro pelas mãos do empresário Meyer Nigri, dono da Tecnisa, e não de Paulo Guedes, embora seja seu auxiliar no Ministério da Economia e esteja ganhando espaço num governo extremamente preocupado com a situação econômica no período pré-eleitoral.
Sua escolha é uma derrota para um grupo ideológico que funciona como gabinete paralelo de inteligência, que no início de abril, como informou o Bastidor, pouco antes da malsucedida tentativa de indicação de Adriano Pires para a companhia, entregara um dossiê a Bolsonaro. Naquele momento, o grupo conseguiu impedir a indicação de Paes de Andrade, agora indicado.
No dossiê entregue no início do mês passado, constam informações de reportagens que mostram que, já no governo, Paes de Andrade apareceu como possível beneficiário, por meio de empresas administradas por sua mulher ou em que ele mesmo aparecia no Conselho de Administração, de uma licitação de 4 bilhões de reais promovida pelo BNDES entre 2020 e 2021.
O dinheiro deveria ser destinado a micro e pequenas empresas impactadas economicamente pela pandemia de Covid-19. Na época, o secretário afirmou desconhecer a participação das empresas no processo de licitação.
No mesmo documento encaminhado a Bolsonaro, já constava a informação, depois reportada pelo jornal Folha de S.Paulo, de que Paes de Andrade usou a estrutura do Estado para vasculhar uma empresa com quem mantinha contencioso empresarial.
De todo modo, como mostrou Bastidor ontem mesmo, Paes de Andrade não tem experiência como executivo de óleo e gás. Caso seja confirmado no posto, chegará à Petrobras com a missão dificílima de conciliar as expectativas de mercado sobre a petroleira e as pressões do Planalto para que a empresa mude sua política de preços.
Esse equilíbrio, do qual provavelmente depende a reeleição de Bolsonaro, está agora sob responsabilidade política e técnica de Paulo Guedes. O ministro prometeu a Bolsonaro encontrar uma solução.
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