Fundador do Spotify admite que plataforma não agia de forma transparente

Samuel Nunes
Publicada em 31/01/2022 às 10:39
Plataforma vai adotar notificação sobre conteúdos relacionados à Covid-19 Foto: Reet Talreja/Unsplash

O sueco Daniel Ek, fundador do Spotify, admitiu em carta publicada à imprensa que a empresa, ao longo dos anos, não agiu de forma transparente no que diz respeito às regras de publicação na plataforma de áudios. Na nota, ele afirmou que o grupo tomará medidas para avisar ouvintes sobre conteúdos relacionados à Covid-19.

“Você deve ter visto nos últimos dias diversos questionamentos sobre as políticas da plataforma e as linhas que nós desenhamos entre o que é aceitável e o que não é. Nós colocamos as regras no lugar por muitos anos mas assumidamente não fomos transparentes sobre quais políticas guiam nosso conteúdo a todos”, escreveu o empresário. 

A carta de Daniel Ek tenta reduzir o estrago provocado pela retirada dos catálogos de artistas como Neil Young e Joni Mitchell da principal plataforma de áudios do planeta. Eles se rebelaram pelo fato de o Spotify continuar dando destaque ao podcast de Joe Rogan, comediante norte-americano contrário à vacinação e defensor de tratamentos ineficazes contra a Covid-19.

As críticas dos artistas e de usuários geraram prejuízos ao Spotify. A empresa perdeu cerca de US$ 2 bilhões em valor de mercado nas últimas semanas. Também foi alvo de piadas de plataformas concorrentes, como a Apple Music e Deezer, que aproveitaram a polêmica para dizer no Twitter que o catálogo completo de Neil Young continuava disponível nos respectivos programas.

“Hoje, nós estamos publicando as regras de longa duração da nossa plataforma. As políticas foram desenvolvidas por nosso time interno, em consonância com diversos especialistas externos e atualizadas regularmente, para garantir alterações no cenário de segurança”, afirmou Daniel Ek.

O empresário também disse que o Spotify está trabalhando para adotar um aviso em podcasts relacionados à Covid-19, possibilitando aos usuários acessar uma lista de informações comprovadas cientificamente. “Esse nosso esforço para combater a desinformação chegará aos diversos países nos próximos dias”, assegurou o empresário.

Rogan abrirá espaço para outras opiniões

No fim de semana, Joe Rogan usou o Instagram para se explicar sobre as entrevistas e as acusações que sofreu de espalhar desinformações. Afirmou que entende as críticas direcionadas a ele e ao Spotify. Também disse que é um grande fã de Neil Young.

“Eu não sei se eles [entrevistados] estavam certos, porque eu não sou um médico, não sou um cientista. Sou apenas uma pessoa que se senta e conversa com essas pessoas. Eu fiz algo errado? Claro que sim. Mas eu tento corrigi-las. Todas as vezes em que faço algo errado, eu tento corrigir, porque eu estou interessado em descobrir o que é verdade. 

Ele ainda se comprometeu com o público a entrevistar pessoas com pontos de vista diferentes. “Meu compromisso com vocês é que eu vou tentar o meu melhor para tentar balancear esses temas mais controversos, com as perspectivas de outras pessoas, para que você talvez possa encontrar um ponto de vista melhor.” 

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