CPI teve dificuldade em investigar hospitais federais no Rio
Embora traga uma seção em seu relatório final dedicada aos hospitais federais do Rio de Janeiro, a CPI da Pandemia, com o que se apurou até agora, não trará informações sobre envolvimento de milícias ou corrupção envolvendo indicados do senador Flávio Bolsonaro, como afirmou o ex-governador Wilson Witzel à comissão.
A comissão teve dificuldade de avançar nos temas. De acordo com uma fonte ligada às investigações, as testemunhas ouvidas pelos senadores, mesmo sob sigilo, tinham medo de falar e, embora tenham dito que “ouviram alguma coisa”, faltou até aqui "evidências fáticas" de corrupção envolvendo o filho zero um do presidente Jair Bolsonaro ou de milicianos.
Para a mesma fonte ouvida por Bastidor, seria preciso pedir o trabalho da Polícia Federal. Uma apuração em fevereiro de 2019 foi aberta para verificar as ameaças sofridas pelo então ministro Luiz Henrique Mandetta após ele mexer na gestão dos hospitais federais, mas, de acordo com a CPI, não houve avanço nas investigações – ou se houve, não foram compartilhadas com a comissão.
Em fevereiro de 2019, a Polícia Federal investigou ameaças contra Mandetta depois de ele trocar a diretoria do Hospital-Geral de Bonsucesso. Um colaborador e amigo de Mandetta na Saúde, o médico Júlio Leão, declarou à imprensa na ocasião: “A Polícia Federal está trabalhando nesse processo. As milícias estavam comandando os hospitais federais. Ele [Mandetta] tira de letra essas ameaças”.
Na mesma época, Flávio Bolsonaro criticou publicamente as mudanças realizadas por Mandetta nos hospitais. “Esclareço que não tenho nenhuma participação/responsabilidade na nomeação do Sr. Paulo Cotrim”, escreveu, acrescentando: “Ao contrário, se eu tivesse sido consultado diria para não nomeá-lo.” Logo depois, Cotrim, indicado por Mandetta para gerir o Hospital de Bonsucesso, foi exonerado do cargo.
Em 16 de junho, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, em depoimento à CPI da Pandemia, afirmou haver influência de milícia na gestão de contratos nos hospitais federais do Rio de Janeiro e que o filho do presidente tinha influência nas escolhas dos gestores do Ministério da Saúde no estado.
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