2026 pode ter Bolsonaro

Leandro Loyola
Publicada em 26/08/2024 às 12:00
Se não for condenado por outros crimes, Bolsonaro tem uma chance de se candidatar em 2026 Foto: ONZEX PRESS/Folhapress

Se permanecer como foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, na semana passada, o projeto que altera a lei da Ficha Limpa abre uma brecha para o ex-presidente Jair Bolsonaro tentar ser candidato a presidente em 2026. A matéria ainda tem de passar pelo plenário.

Bolsonaro está inelegível até 2030 porque foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral no ano passado por abuso político e econômico na campanha de 2022.

O projeto foi apresentado na Câmara pela deputada Dani Cunha, do União Brasil do Rio, e foi relatado na CCJ pelo senador Weverton Rocha, do PDT do Maranhão. O objetivo do texto é afrouxar bastante a lei da Ficha Limpa para resolver a situação de políticos inelegíveis porque cometeram crimes.

O principal ponto é que o prazo de oito anos que um político condenado fica proibido de se candidatar começa a contar muito antes – o que, na prática, reduz o tempo de afastamento. O principal beneficiado é o pai de Dani Cunha, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Jair Bolsonaro pode ser beneficiado porque o projeto muda o artigo 1º da lei das Inelegibilidades. A nova redação estabelece que um político ficará inelegível por oito anos quando o registro da candidatura, o diploma ou o mandato forem cassados. Bolsonaro foi condenado pelo TSE em 2023, mas sua chapa não foi cassada porque a eleição já tinha passado e ele havia perdido.   

“Caso o seja aprovado como está, Bolsonaro poderá pleitear registro de candidatura na eleição presidencial de 2026”, diz o advogado Marlon Reis, um dos idealizadores da lei Ficha Limpa, que examinou o novo texto em detalhes.

Assim, caso o texto não seja alterado, em 2026 Bolsonaro poderá registrar uma candidatura a presidente da República. O Tribunal Superior Eleitoral poderá ou não aceitar o registro e ele poderá recorrer da decisão. Só isso pode ajudar Bolsonaro a buscar apoio político e fazer um enorme barulho.

Segundo Marlon Reis, Bolsonaro terá direito de pedir o registro porque a nova lei pode ter efeito retroativo, ou seja, valer mesmo para alguém que foi condenado antes de ela surgir, pois o Supremo Tribunal Federal já decidiu assim anos atrás.

Ainda assim, a vida de Bolsonaro é difícil. Antes disso ele pode ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal em algum dos quatro inquéritos em que é investigado – desvio das joias da presidência, falsificação do cartão de vacinação, tentativa de golpe de estado e uso da Abin em causa própria. Se isso acontecer, ficará oito anos inelegível e nem o prazo mais curto o ajudará.

De toda forma, se sua defesa conseguir adiar os processos, Bolsonaro terá uma esperança.

A qualquer custo

06/02/2025 às 19:25

Ex-funcionário afirma que XP pressiona assessores a oferecer ativos de risco a clientes moderados

Leia Mais

Serviço de bordo

06/02/2025 às 13:46

Governo acompanhará voo de brasileiros extraditados dos EUA, mas não garante fim das algemas

Leia Mais

Polícia Federal vai investigar a atuação de facções criminosas no setor de combustíveis

Leia Mais

Queimou a largada

06/02/2025 às 10:11

Ex-diretora da Oi pagará 420 mil reais à CVM por vazamento de informação

Leia Mais

Não perdem uma

05/02/2025 às 21:43

Carf contraria Fazenda e decide que Itaú não deve pagar 2,4 bilhões de reais por compra do Unibanco

Leia Mais

Sob governo Trump, Google também elimina metas de diversidade e reavalia programas de inclusão

Leia Mais

Governo amplia prazo do consignado do INSS de 84 para 96 meses; mudança entra em vigor nesta semana

Leia Mais

Diretor da Aneel pode emplacar solução a favor da compra da Amazonas Energia pelos Batista

Leia Mais

Empresa investigada por suposta ligação com PCC é alvo de mais de 400 autuações na ANP

Leia Mais

Penduricalhos pagos a 23 membros do Tribunal de Contas de São Paulo custam mais de 1 milhão de reais

Leia Mais

Castro escapa

04/02/2025 às 22:27

TRE rejeita segundo pedido de cassação do governador do Rio por irregularidades na campanha

Leia Mais

Órgão liderado por Jorge Messias não contesta como poderia operação de venda da Amazonas para Âmbar

Leia Mais

Ministro convoca audiência para cobrar transparência na execução de emendas parlamentares

Leia Mais

Decisão favorável a dono da antiga OAS anula também provas contra Lula e o ministro Dias Toffoli

Leia Mais

Barroso contraria PF e mantém relatoria da Operação Overclean com Kassio, em vez de Flávio Dino

Leia Mais